Ministros árabes devem se reunir no início de fevereiro para analisar uma missão de monitoramento na Síria, disse uma autoridade da Liga Árabe no sábado, depois que um aumento da violência fez com que o órgão pan-árabe suspendesse seu trabalho de monitoramento. A decisão de suspender o monitoramento foi tomada três dias antes de o chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, ir para o Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, buscar o apoio da entidade para um plano árabe que pede a renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad. Juntamente com um relatório de monitoramento citando um aumento na violência, a decisão da Liga pode adicionar pressão sobre Rússia e China, dois dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que vêm resistindo a pedidos do Ocidente e da Liga Árabe por uma postura mais dura. Uma autoridade da Liga, que não quis ser identificada, disse à Reuters que ministros árabes das Relações Exteriores devem se reunir na semana do dia 5 de fevereiro para discutir se vão retirar de forma permanente a missão da Síria, mas acrescentou que "a data exata ainda não foi fixada". "Devido à deterioração crítica da situação na Síria e do uso continuado da violência... foi decidido parar imediatamente o trabalho da missão da Liga Árabe na Síria, pendendo a apresentação da questão ao conselho da liga", disse Elaraby em comunicado. Elaraby, secretário-geral da liga, deve falar aos representantes do Conselho de Segurança da ONU na terça-feira e se reunir com a Rússia na sexta. "Ontem houve um telefonema entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário-geral Nabil Elaraby sobre os últimos desenvolvimentos na situação síria", disse o vice-secretário-geral, Ahmed Bin Hali, à Reuters. "O propósito de todas as conversações internacionais da Liga Árabe é garantir apoio suficiente para o plano árabe com relação à Síria, que será apresentado ao Conselho de Segurança em meados desta semana", disse Bin Hali. O embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, disse que um esboço de resolução árabe-europeia sobre a Síria, que circulou no Conselho de Segurança na sexta-feira, era inaceitável em algumas partes, mas que a Rússia estava pronta para "se engajar" na questão. Um grupo pequeno de Estados árabes, liderado pelo Catar, foi nomeado para seguir os acontecimentos na Síria. Mas as decisões de enviar monitores em primeiro lugar e de acordar sobre esforços de paz árabes vêm sendo tomadas em reuniões com todos os ministros árabes das relações exteriores.
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