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Nova Iorque – Uma delegação da Liga Árabe acusou ontem o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) de permanecer neutro enquanto semanas de confronto entre Israel e o grupo xiita Hezbollah disseminam "as sementes do ódio e do extremismo" no Oriente Médio.

No 28.º dia de conflito, pelo menos 14 libaneses morreram nos bombardeios de Israel e 3 soldados israelenses nos combates com o Hezbollah no sul do Líbano. Israel impôs o toque de recolher na zona de combates e à noite bombardeou o maior campo de refugiados palestinos no país. Um palestino, a 14.ª vítima do dia, morreu.

O líder da delegação árabe enviada à ONU, em Nova Iorque, o chanceler do Catar, Hamad bin Jassem al-Thani, afirmou em reunião do CS que o esboço de resolução elaborado pela França e EUA só vai complicar a crise e provocar graves desdobramentos no Líbano e na região.

Após ouvir as queixas, o embaixador francês, Jean-Marc de La Sablière, afirmou que haverá mudanças e o texto "certamente será aprovado esta semana".

O texto franco-americano pede o fim das hostilidades, e não um cessar-fogo imediato, como querem os países árabes. Também prevê o envio de uma força multinacional de paz ao sul do Líbano e permite que o Exército de Israel permaneça na área até a chegada dessas tropas.

Na segunda-feira, o governo do Líbano – no qual o Hezbollah é representado por dois ministros – anunciou a convocação de reservistas do Exército e aprovou o envio de 15 mil soldados para o sul libanês, tão logo Israel se retire da região. Hoje o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, qualificou de "passo interessante" o anúncio e afirmou que o estudaria com cuidado. Ao mesmo tempo, ele convocou para hoje uma reunião do gabinete para decidir a possível expansão da ofensiva militar no Líbano se a via diplomática não prosperar.

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