Marktl am Inn, Alemanha (EFE) Uma imobiliária de propriedade de xeques do petróleo dos Emirados Árabes Unidos está interessada em adquirir a casa natal do Papa Bento XVI, situada no povoado de Marktl am Inn, na Alta Baviera, ao sul da Alemanha. Além disso, há pelo menos outros 20 investidores que também expressaram seu interesse pela casa.
O imóvel, situado no número 11 da Marktplatz, perto da prefeitura, foi construído em 1745, está sob proteção do patrimônio público e tem uma placa que lembra que nele nasceu, em 16 de abril de 1927, Bento XVI.
Joseph Ratzinger, filho de um militar e uma cozinheira, viveu apenas dois anos nessa casa, que ao longo das últimas décadas mudou freqüentemente de proprietário. Claudia Dandl, a atual dona do imóvel, tomou a decisão de vendê-la, cansada das visitas de turistas e peregrinos que chegam até ali para ver a casa e fotografá-la. As visitas, raras nos tempos em que o Papa era o cardeal responsável pela Congregação da Doutrina da Fé, agora são diárias.
Os xeques árabes, assim como a maioria dos interessados, terão de se esforçar para vencer a concorrência de compra. Isso porque a prefeitura de Marktl tem uma opção preferencial de compra e o prefeito, Hubert Gschwendtner, deseja adquiri-la para transformá-la em um museu.
Uso
A Friedlmaier, imobiliária encarregada da venda, diz que os compradores têm de seguir condições muito claras: a casa permanecerá aberta ao público e será respeitado o caráter histórico do edifício e seu valor religioso para os católicos. Os interessados terão de fazer ofertas pela internet. Também terão de enviar um projeto informando qual uso pretendem dar ao imóvel. A forma como o local será utilizado será estabelecida por escrito e não poderá ser modificada.
Além disso a casa, na qual viveram outras pessoas proeminentes da história de Baviera, é patrimônio cultural protegido. Isto significa que seus donos terão que seguir as leis que impedem a realização de reformas ou modificações de qualquer tipo sem uma permissão prévia.
Marktl, um povoado da região bávara de apenas 2.700 habitantes, tornou-se, desde abril passado, um alvo da imprensa e um lugar de peregrinação. Dizem que Bento XVI afirmou em certa ocasião que "quem nasce bávaro continua sendo bávaro para toda a vida". Não se pode provar a autenticidade da frase, mas o escudo pontifício de Ratzinger, que incorporou a simbologia de sua região natal, é um indício de que ela traduz o pensamento do Santo Padre.
Os antes pacatos habitantes do lugar, foram obrigados a interromper a tranqüilidade diária. As ruas foram tomadas por um verdadeiro carnaval em 19 de abril, quando, depois da fumaça branca, anunciou-se, no Vaticano, que o filho do lugar havia se tornado Papa. Desde então, apareceram vários produtos como a cerveja Marktl, conhecida como a cerveja do Papa.
Trajetória
Ratzinger nasceu em uma tradicional família camponesa. No fim da Segunda Guerra Mundial, foi convocado a servir o Exército alemão. Entre 1946 e 1951 estudou filosofia e teologia na universidade de Munique e, em 1951, foi ordenado sacerdote. A partir de seu doutorado, em 1953, assumiu em diversas cidades alemãs as respectivas cátedras de teologia, concentrando seu ensino no dogma e a teologia fundamental.
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