Ao final de sua cúpula anual, realizada no Kuwait, os chefes de Estado da Liga Árabe rejeitaram nesta quarta-feira (26) reconhecer Israel como Estado judeu e pediram uma solução política ao conflito na Síria.
A resolução final da Cúpula Árabe frisou que a decisão sobre Israel é "absoluta e definitiva". Os líderes árabes responsabilizaram "totalmente Israel pelos obstáculos no processo de paz".
Atualmente, israelenses e palestinos mantêm negociações de paz, nas quais um dos principais obstáculos é o reconhecimento do Estado judeu.
A Liga Árabe também manifestou seu apoio à criação de um Estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, de acordo com iniciativa de paz árabe e as resoluções internacionais.
Os chefes de Estado árabes rejeitaram as medidas israelenses para impor uma mudança demográfica em Jerusalém Oriental e sua política de construção e ampliação de assentamentos nos territórios palestinos ocupados.
Além disso, pediram "respeito à legitimidade palestina liderada pelo presidente Mahmoud Abbas" e apoiaram a reconciliação palestina -entre as facções Fatah e Hamas- e a criação de um governo de unidade.
Em relação à guerra na Síria, o outro tópico de mais importância na agenda da cúpula, a Liga Árabe condenou os "assassinatos coletivos" cometidos pelo regime sírio.
A declaração final pediu o fim "do banho de sangue registrado na Síria" e uma "solução política conforme o acordo de Genebra 1", que estipulou a formação de um governo de transição.
Os membros da organização pan-árabe também reiteraram sua "solidariedade com o povo sírio em suas exigências de liberdade e democracia".
Em seu comunicado, também reconheceram a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança opositora, como "representante legítima do povo sírio".
Apesar do reconhecimento, que já foi feito em reuniões anteriores, a CNFROS não ocupa por enquanto a cadeira da Síria na Liga Árabe, vazio desde que em 2012 a organização suspendeu a participação de Damasco devido ao conflito.
O presidente da CNFROS, Ahmed Yarba, pediu ontem aos países árabes que deem à organização a vaga da Síria na Liga Árabe e as embaixadas sírias em seus respectivos Estados, assim como armas para os rebeldes. EFE
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