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Washington – A Arábia Saudita declarou não ter evidências de que Osama bin Laden esteja morto, aumentando as dúvidas em relação a um documento secreto que vazou na França sustentando que serviços secretos sauditas acreditavam que o terrorista havia morrido no dia 23 de agosto, de febre tifóide, e que estaria sepultado no Paquistão.

Em Riad, o cunhado do líder terrorista, um de seus melhores amigos dos tempos de juventude, declarou à rede de tevê americana CNN que não tinha recebido nenhuma notícia da suposta morte do irmão de sua esposa. Políticos e especialistas em terrorismo também acham que se trata de um novo boato, como outros tantos que circularam no passado. No Paquistão e no Afeganistão, berço da Al Qaeda, a notícia também foi recebida com descrédito. As fitas de áudio e vida com mensagens do terrorista seguem como um sucesso de vendas.

Já no sábado, França e Estados Unidos disseram que não podiam confirmar a informação publicada no diário francês L’Est Républicain. O texto citava o serviço de inteligência estrangeira da França relatando que os serviços secretos sauditas estavam convencidos de que o líder da Al Qaeda tinha morrido.

Hipótese

A revista Time publicou em seu site um artigo citando uma fonte saudita não identificada dizendo que Bin Laden havia sido acometido por uma doença transmitida pela água e que talvez tivesse morrido.

A embaixada saudita em Washington, contudo, divulgou um comunicado dizendo: "O Reino da Arábia Saudita não tem evidência para sustentar relatos de que Osama bin Laden está morto. A informação é puramente especulativa e não pode ser verificada independentemente."

Sem confirmar a notícia, o presidente francês, Jacques Chirac, disse estar surpreso com o fato de uma nota confidencial ter sido publicada. A França iniciou uma investigação para descobrir como o documento vazou.

Sem evidência

Ontem uma fonte da inteligência dos EUA afirmou que Washington – que fez da captura de Bin Laden uma prioridade em sua guerra contra o terrorismo – não tinha evidência de que o relatório era mais digno de crédito que qualquer outro rumor anterior.

O possível destino do líder da Al Qaeda foi foco de diversos debates dominicais de tevê dos EUA. Em um deles o ex-presidente americano Bill Clinton declarou não estar satisfeito com o trabalho que realizou para capturar Bin Laden, porque não alcançou o objetivo. No entanto, disse que "pelo menos" havia tentado, "diferentemente de outros, inclusive todos os radicais de direita" que, segundo Clinton, agora o atacam. "Trabalhei duro para matá-lo", afirmou. Clinton disse que se agora fosse presidente, teria mais de 20 mil homens designados para essa missão.

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