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oriente médio

Arábia Saudita anuncia que mulheres poderão começar a dirigir

O governo ainda irá esclarecer como será feito o processo para que as mulheres consigam a licença | REEM BAESHENAFP
O governo ainda irá esclarecer como será feito o processo para que as mulheres consigam a licença (Foto: REEM BAESHENAFP)

As mulheres poderão conduzir motos e caminhões na Arábia Saudita a partir de junho de 2018.  

A informação foi divulgada neste sábado (16) pelas autoridades do país. A medida é fruto da flexibilização divulgada em setembro deste ano, quando o rei Salman bin Abdulaziz Al Saudreal assinou decreto que autorizava mulheres a dirigir a partir de junho de 2018. Naquela ocasião, o anúncio foi feito de forma simultânea pela televisão estatal saudita e em um evento em Washington, nos Estados Unidos.  

Além de divulgar sobre a liberação para motos e caminhões, a Direção Geral de Trânsito divulgou que não haverá distinção de matrículas entre veículos conduzidos por homens ou por mulheres. Mas casos de acidentes envolvendo mulheres, as condutoras serão encaminhadas a uma central de polícia voltada às mulheres.  

O governo ainda irá esclarecer como será feito o processo para que as mulheres consigam a licença, mas adiantou que mulheres que tenham a permissão de dirigir em outros países do Golfo também poderão dirigir na Arábia Saudita.  

No país, que é regido pela sharia (lei islâmica), mulheres não costumam interagir com homens que não são seus familiares. De acordo com as leis do país, mulheres não podem circular livremente e sempre que saem de casa devem estar acompanhadas de um guardião- o que é criticado por ativistas. Desobedecer a essas ordens gerava punição e poderia incluir prisão, multa e chibatadas.  

Segundo o príncipe Khalid bin Salman bin Abdulaziz, embaixador saudita nos Estados Unidos, as mulheres não irão precisar da autorização de um homem para pedir a licença e também poderão dirigir desacompanhadas, sem a necessidade da presença de um guardião.  

A intenção é modernizar o país, que tem metade da população com menos de 25 anos. E a medida é vista como uma forma de facilitar a entrada das mulheres no mercado de trabalho, já que elas não mais precisarão de um homem para se deslocarem.

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