Reunião de representantes da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Jordânia e Egito em 8 de fevereiro de 2024, em Riyadh.| Foto: EFE/EPA/ABDULRAHMAN AL-ABDULSALAM
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A Arábia Saudita condenou "energicamente" neste sábado (10) os planos de Israel de estender sua ofensiva militar a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos estão amontoados, e pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para evitar uma "catástrofe humanitária iminente".

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"O Reino da Arábia Saudita adverte sobre as repercussões muito perigosas de atacar a cidade de Rafah, o último refúgio de centenas de milhares de civis deslocados pela brutal agressão israelense", declarou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores saudita.

A declaração também expressou a "rejeição categórica e a forte condenação do deslocamento forçado" dos habitantes do enclave diante da ofensiva israelense, e "pediu mais uma vez um cessar-fogo imediato".

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"Essa insistência em violar o direito internacional e o direito humanitário ressalta a necessidade de o Conselho de Segurança (da ONU) se reunir com urgência para impedir que Israel provoque uma catástrofe humanitária iminente, pela qual qualquer pessoa que apoie a agressão seria responsabilizada", acrescentou.

Israel anunciou que já tem um plano para estender sua ofensiva militar a Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, onde cerca de 1,7 milhão de pessoas estão aglomeradas, a maioria delas já evacuada de outras partes do enclave.

Tanto a ONU como os Estados Unidos expressaram preocupação com uma possível expansão da ofensiva israelense, com o Departamento de Estado americano alertando que uma operação militar no enclave sem planejamento adequado para a evacuação de civis seria "um desastre".

A Arábia Saudita, que condiciona o estabelecimento de relações com Israel ao reconhecimento internacional de um Estado palestino nos territórios ocupados em 1967, convocou uma reunião "consultiva" sobre a Faixa de Gaza na quinta-feira com cinco países árabes, incluindo os mediadores, Egito e Catar, além da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Nessa reunião, os ministros das Relações Exteriores desses três países e da ANP, bem como dos Emirados Árabes e da Jordânia, pediram para "garantir a proteção dos civis" palestinos e enfatizaram que "a Faixa de Gaza é parte integrante do território palestino ocupado" em 1967.

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