O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em 2022| Foto: EFE/EPA/ATHIT PERAWONGMETHA
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A Arábia Saudita endureceu nesta segunda-feira (6) sua posição contra o governo de Israel e pediu à comunidade internacional que intervenha imediatamente “para deter o genocídio perpetrado pelas forças de ocupação” contra a população civil na Faixa de Gaza.

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O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita alertou em um comunicado sobre uma iminente invasão israelense de Rafah, a cidade mais ao sul da Faixa e que abriga mais de 1 milhão de pessoas que tiveram que deixar suas casas em outras partes do enclave. Essa operação, segundo a pasta, “faz parte de sua campanha sangrenta sistemática para invadir todas as áreas” do território palestino.

A invasão também visa, segundo a diplomacia saudita, “deslocar seus residentes para o desconhecido, tendo em vista a falta de áreas seguras após a destruição maciça causada pela máquina de guerra israelense”.

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A Arábia Saudita condenou veementemente a ofensiva militar de Israel em Gaza desde o início da guerra em 7 de outubro do ano passado - na esteira do ataque que o grupo terrorista palestino Hamas cometeu no território israelense -, mas nunca havia se expressado em termos tão fortes.

Os dois países estavam próximos de normalizar as relações antes da guerra, embora Riad condicione o reconhecimento de Israel ao estabelecimento de um Estado palestino independente, mas as negociações se deterioraram com a intensificação da campanha de Israel em Gaza.

A reação da Arábia Saudita ocorre depois que o governo israelense decidiu manter a operação em Rafah, apesar da aprovação pelos terroristas do Hamas de uma proposta de trégua apresentada pelos mediadores, Egito e Catar, que exige o fim das hostilidades em três etapas e a libertação de todos os reféns. Israel disse que a proposta aceita pelo Hamas não é a mesma com a qual o país havia concordado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]