É de diálogo, e não de protesto, que a Arábia Saudita precisa para promover mudanças, disse na quarta-feira o chanceler do reino, príncipe Saud al-Faisal, acrescentando que o governo local rejeita qualquer ingerência estrangeira nos seus assuntos internos.

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Inspirados nos protestos que têm varrido outros países árabes, manifestantes xiitas saíram às ruas no leste da Arábia Saudita nos últimos dias, em pequenas quantidades, e convocaram novas manifestações para a sexta-feira.

Faisal, que é sobrinho do rei Abdullah bin Abdul-Aziz, disse que as manifestações não trarão reformas ao país, maior exportador mundial de petróleo, e lembrou que os clérigos muçulmanos haviam proibido os protestos no reino.

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"A melhor maneira de conseguir o que os cidadãos querem é através do diálogo seja na região leste, ou no oeste, sul e norte", disse o ministro em entrevista coletiva.

A riqueza petrolífera saudita propicia uma maior qualidade de vida em comparação a outros países da região, e por isso se considera que a Arábia Saudita está menos propensa a agitações, mas os recentes rumores de descontentamento da minoria xiita causam alarme em Riad.

"A reforma solicitada não vem através de protestos, e (os clérigos) já os proibiram, uma vez que eles violam o Alcorão e o caminho do Profeta (Maomé)", disse Faisal.

Manifestações no vizinho Barein, onde a maioria xiita se sente discriminada pela monarquia sunita, são atentamente observados pela Arábia Saudita, onde os xiitas compõem cerca de 15% da população.

Faisal advertiu os estrangeiros a ficarem de fora dos assuntos internos da Arábia Saudita: "A mudança virá por meio dos cidadãos deste reino, e não através dos dedos estrangeiros, nós não precisamos deles", afirmou. "Vamos cortar qualquer dedo que adentrar o reino."

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