O príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman| Foto: EFE/Marina Guillén
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A Arábia Saudita anunciou nesta quinta-feira (3) que vai estender seu corte voluntário de 1 milhão de barris de petróleo diários até setembro, uma redução que pode ser estendida no futuro e até “aumentada”, informou a agência de notícias oficial saudita SPA, citando uma fonte do Ministério da Energia.

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“A Arábia Saudita vai estender o corte voluntário de 1 milhão de barris diários, que foi aplicado em julho, por mais um mês e será aplicado durante setembro, com a possibilidade de que essa redução seja estendida ou aumentada”, disse a SPA.

Embora os analistas já esperassem a prorrogação dessa medida unilateral, que aumentará ainda mais o preço do petróleo, essa redução se soma aos cortes de bombeamento que o país árabe se comprometeu com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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Em abril, o país já havia anunciado um corte unilateral voluntário na Opep de mais 1 milhão de barris por dia, que durará até o final de dezembro de 2023.

Assim, segundo a SPA, a produção da Arábia Saudita em setembro será de cerca de 9 milhões de barris de petróleo bruto por dia.

“Esta redução voluntária adicional foi tomada para reforçar os esforços de precaução feitos pelos países da Opep+ [OPEP e seus aliados] com o objetivo de apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados de petróleo”, disse a fonte do Ministério de Energia saudita citada pela agência.

A Arábia Saudita, que detém cerca de 17% das reservas mundiais de petróleo bruto, reduziu várias vezes a sua produção dentro da política da Opep+, que o reino árabe lidera com a Rússia.

A OPEP estimou em seu relatório de junho que a demanda global por petróleo cresceria 2,4 milhões de barris por dia no segundo semestre deste ano devido ao maior consumo nas economias emergentes.

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A organização decidiu reduzir a produção para evitar uma queda nos preços, o que está fazendo com que o valor do petróleo suba.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]