A Arábia Saudita informou neste domingo (23) seis novos casos de síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), o mais recente sinal de que a doença viral está se espalhando, antes de uma peregrinação religiosa anual que leva milhares de visitantes ao país.
O número crescente de casos, o maior desde o pico do último surto de MERS em 2014, ocorre em um momento em que a Arábia Saudita se prepara para receber no próximo mês mais de dois milhões de peregrinos na cidade de Meca, sagrada para os muçulmanos.
Além disso, a ameaça da doença viral poderia aumentar, uma vez que mais de cinco milhões de estudantes sauditas voltam às aulas no domingo, após as férias de verão. “O Ministério da Saúde está trabalhando em plena capacidade para conter o surto atual do vírus”, disse o ministro da Saúde, Khalid al-Falih, no Twitter.
O MERS é um vírus que pode causar problemas respiratórios, febre, pneumonia e insuficiência renal. Ele pertence à mesma família de vírus que o resfriado comum e a SARS, que se espalhou em Hong Kong e no sul da China em 2002 e 2003.
O reino está considerando uma proibição sobre a prática de sacrificar camelos e partilha da carne com os pobres durante a peregrinação anual do hajj, uma medida que visa impedir a propagação do vírus. Acredita-se que o surto começou a ser transmitido por camelos infectados para os seres humanos.
A Arábia Saudita foi criticada no passado por organizações internacionais de saúde por conta de uma resposta considerada lenta e inadequada. Desde que apareceu pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012, o vírus já infectou 1.147 pessoas, matando 487, de acordo com o Ministério da Saúde do país.
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