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São Francisco

Arcebispo proíbe presidente da Câmara dos EUA de comungar por apoiar o aborto

Arcebispo de São Francisco afirmou em carta que Pelosi não receberá o sacramento na arquidiocese até que repudie publicamente sua defesa do aborto, confesse e receba a absolvição (Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS)

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O arcebispo de São Francisco, Salvatore Cordileone, proibiu a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, de receber a comunhão na arquidiocese porque apoia o aborto.

Cordileone escreveu uma carta à parlamentar, tornada pública na tarde desta sexta-feira (20), na qual justificou que tomou a medida porque a representante da Califórnia “não repudiou publicamente sua posição sobre o aborto e continua a se referir à sua fé católica para justificar sua posição e receber a Sagrada Comunhão”.

“Portanto, à luz da minha responsabilidade como Arcebispo de São Francisco de 'cuidar de todos os fiéis cristãos confiados aos [meus] cuidados' (Código de Direito Canônico, cân.383, §1), por meio desta comunicação, estou notificando que você não deve se apresentar para a Sagrada Comunhão e, se o fizer, não deverá receber a Sagrada Comunhão, até que você repudie publicamente sua defesa da legitimidade do aborto e confesse e receba a absolvição por este grave pecado no sacramento da Penitência”, escreveu o arcebispo.

Pelosi, que representa na Câmara um distrito que compreende boa parte da cidade e do condado de São Francisco, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A partir da eleição do presidente Joe Biden, outro católico que apoia o aborto, bispos da Igreja Católica dos Estados Unidos intensificaram a reivindicação de que a Eucaristia seja negada a políticos que defendam a interrupção voluntária da gravidez. Antes disso, em 2019, Biden teve negado o sacramento numa igreja na Carolina do Sul.

No ano passado, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) aprovou um documento sobre a Eucaristia que prega a defesa dos nascituros e reitera como “escândalo” a rejeição dos católicos “em sua vida pessoal ou profissional” a doutrinas ou ensinamentos morais da Igreja.

O documento não cita Biden nem orienta que seja negada a comunhão a políticos católicos que apoiam o aborto, mas reforça que “os leigos que exercem alguma forma de autoridade pública têm uma responsabilidade especial de incorporar os ensinamentos da Igreja”.

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