As autoridades argelinas anunciaram nesta sexta-feira que libertaram mais da metade dos 132 reféns estrangeiros, assim como 573 argelinos, que permaneciam em mãos do grupo terrorista que invadiu um campo de tratamento de gás, na quarta-feira, em uma zona no sudeste do país.
Segundo um balanço provisório recolhido pela agência estatal argelina "APS", a operação para libertar outro grupo de reféns que permanece detido em uma parte das instalações continua.
Expectativa
A crise instaurada após o sequestro de centenas de argelinos e dezenas de estrangeiros por um grupo islamita em um campo de tratamento de gás na Argélia continua em meio a uma enorme tensão dos países com cidadãos entre os reféns.
A sorte dos sequestrados desde quarta-feira em In Amenas, no deserto argelino fronteiriço com a Líbia, é a grande preocupação após a operação das forças argelinas, que terminou com um número indeterminado de mortos e feridos entre os reféns.
Segundo os terroristas, dos 41 estrangeiros que permaneciam em seu poder, 35 perderam a vida durante o bombardeio do Exército argelino, números que não foram confirmados oficialmente.
Pelo menos 18 terroristas morreram no ataque ao complexo de gás argelino
Pelo menos 18 terroristas morreram no ataque realizado ontem, quinta-feira, pelo exército, contra o campo de tratamento de gás argelino onde um grupo armado mantém sequestrado desde quarta-feira um número indeterminado de trabalhadores argelinos e estrangeiros, segundo fontes de segurança citadas pela agência estatal, a "APS".
A fonte não deu nenhum detalhe sobre as vítimas civis e de eventuais baixas no exército, que ontem atacou uma parte de complexo de tratamento de gás para tentar resgatar às centenas de argelinos e dezenas de estrangeiros nas mãos dos assaltantes.
A operação militar contra as instalações da plataforma onde se encontram as residências dos empregados acabou com o resgate de 600 argelinos, dois escoceses, um queniano e um francês, e um número também indeterminado de mortos e feridos, segundo a versão oficial, que não detalhou números.
Segundo os responsáveis pelo ataque, 35 reféns e 15 terroristas morreram em um bombardeio do exército enquanto tentavam levar um grupo de sequestrados para outra área do grande complexo de gás.
Esses dados fornecidos pelos sequestrados não foram confirmados oficialmente.
Ontem à noite, fontes da província sudeste de Ilizi, fronteiriça com a Líbia e onde fica o complexo de gás, anunciaram o fim de uma operação de resgate.
Pouco depois esclareceram que a operação foi feita contra uma parte do complexo e que os terroristas continuavam mantendo um número indeterminado de reféns na zona industrial das vastas instalações.
O ministro do Interior argelino, Daho Ould Kablia, acusou ontem o dirigente terrorista argelino Mojtar Belmojtar de ser o responsável do ataque, que disse que foi preparada, lançou e monitorou da Líbia.