A Argentina anunciou que não irá pagar mais as importações da China em dólar, mas com a moeda chinesa yuan. A decisão foi comunicada depois de uma reunião do ministro da Economia argentino, Sérgio Massa, com o embaixador da China no país, Zou Xiaoli.
O objetivo, segundo o ministro argentino, é preservar as reservas internacionais, em meio a uma corrida cambial enfrentada pelo país sul-americano.
A Argentina poderá "programar um volume de importações em yuans por mais de US$ 1 bilhão [o equivalente a R$ 5 bilhões] a partir do mês que vem, que substituirão o uso de dólares na Argentina" nas operações com a China, afirmou Massa.
Ainda foi indicado pelo ministro que a partir de maio haverá uma média de US$ 790 milhões de importações de mercadorias por mês de origem chinesa que começarão a ser pagas em yuan.
Pequim e Buenos Aires já haviam implementado um mecanismo de "swap" ou intercâmbio de moedas ao qual o país sul-americano poderia recorrer em caso de necessidade.
No fim de março, o governo brasileiro já havia anunciado um acordo entre Brasil e China para transações comerciais sem o uso do dólar americano como intermediário, em câmbio direto entre real e renminbi.
Embora chamada internacionalmente de yuan, renminbi é o nome oficial da moeda chinesa – yuan é o termo utilizado como unidade de contabilização monetária, em uma distinção terminológica que inexiste na maior parte das demais divisas globais.
Atualmente, o dólar dos Estados Unidos representa 42% das divisas utilizadas no comércio internacional, contra 33% do euro, 6% da libra esterlina, 5% para o iene japonês e apenas 2% para o yuan, segundo os últimos dados do sistema internacional de pagamentos Swift.
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