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Buenos Aires – O governo do presidente Néstor Kirchner voltou a colocar em cartaz o clássico enredo de manter conflitos comerciais em várias frentes. No momento, a Argentina está em estado de beligerância na Organização Mundial do Comércio (OMC) com o Brasil e o Chile, além de manter um intenso conflito diplomático-comercial com o Uruguai acerca da construção de uma megafábrica de celulose nas margens uruguaias do Rio Uruguai. De quebra, desponta um potencial foco de problemas com o Brasil no setor do comércio de suínos.

Os analistas sustentam que em um ano eleitoral como este o acúmulo de conflitos com o exterior costuma proporcionar a Kirchner uma oportunidade adicional de mostrar sua musculatura política e fazer pose de presidente "forte".

O economista Rosendo Fraga afirma que em 2007 Kirchner "assumirá um discurso nacionalista e populista, dada a tendência da opinião pública argentina". No entanto, os representantes do governo argentino desmentem qualquer tipo de utilização eleitoral e acusam a mídia de atiçar os ânimos em ambos os lados da fronteira. Segundo eles o Mercosul vai de "vento em popa".

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