A Corte Suprema de Justiça da Argentina declarou na segunda-feira inconstitucional o indulto concedido a José Martínez de Hoz, que foi o poderoso ministro da Economia durante a última ditadura militar no país (1976-83), segundo o Centro de Informação Judicial.
O tribunal aplicou o mesmo critério usado no caso do ex-presidente militar Jorge Videla. Martínez de Hoz, que foi ministro durante todo o mandato de Videla (1976-81), período mais violento do regime, é acusado de envolvimento no sequestro do empresário Federico Gutheim e de seu filho Miguel.
A gestão de Martínez de Hoz como ministro se caracterizou por um forte endividamento externo e, mais para o final, por uma recessão.
Nos últimos anos, o ex-ministro tem defendido as ações da ditadura, alegando que era preciso "defender a sociedade contra os terroristas".
Assim como Videla, Martínez de Hoz havia sido indultado pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-99).
Estima-se que 30 mil pessoas tenham sido sequestradas, torturadas e assassinadas durante o regime, segundo denúncias de entidades de direitos humanos. Uma comissão independente confirmou cerca de 11 mil casos.
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