O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, disse nesta terça-feira (11) que vai negociar um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) após a oitava revisão do plano de socorro de US$ 44 bilhões que a organização concedeu ao país.

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“Estamos no processo de revisão do Fundo, que ocorrerá no dia 13 [de junho], e a partir daí começaremos a negociar um novo programa”, anunciou Caputo durante seu discurso na conferência de uma fundação de ideologia libertária em Buenos Aires.

Na próxima quinta-feira (13), o conselho do FMI vai se reunir com o governo argentino para discutir a oitava revisão do acordo, que o país havia assinado em 2022 durante o mandato do então presidente Alberto Fernández (2019-2023) para refinanciar a dívida de US$ 45 bilhões contraída em 2018 com a própria organização no governo de seu antecessor na presidência, Mauricio Macri (2015-2019).

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O acordo inclui revisões trimestrais do nível de cumprimento das metas de disciplina fiscal, acúmulo de reservas monetárias e limites de emissão monetária.

Outros desembolsos, que o país usa para pagar a dívida com o FMI, que era de US$ 40,8 bilhões no final de 2023, dependem da aprovação da instituição.

Por sua vez, o FMI havia observado em um comunicado em maio que a Argentina chega a essa revisão com um “plano de estabilização” no qual conseguiu alcançar “o primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos”, uma “rápida queda da inflação” e “uma forte redução do risco soberano”.

"Há quatro condições para sair do aperto fiscal: equilíbrio fiscal, solução dos estoques de demanda herdada de dólares, os fluxos. E a quarta é que haja uma relação razoável entre as reservas no BCRA [Banco Central] e os passivos que rendem juros. Ainda não chegamos lá", acrescentou Caputo.

Entretanto, no nível econômico, o país está sob tensões cambiais e algumas incertezas devido ao fato de que o Senado tratará nesta quarta-feira (12) da Lei de Bases do governo do presidente Javier Milei, que é um grande pacote de reformas financeiras e fiscais.

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Enquanto o indicador que reflete a percepção dos investidores sobre a probabilidade de a Argentina não cumprir suas obrigações financeiras subiu para 1.511 pontos, o dólar paralelo chegou a 1.300 pesos por unidade. Diante dessa situação, Caputo admitiu que “certamente pode haver um pouco mais de volatilidade”, mas não haverá “aperto econômico”.

Com relação ao projeto de Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, o ministro da Fazenda considerou que ele é um acelerador da situação econômica, mas não alterará a recuperação do país.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]