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Cooperação

Argentina assina pacto energético com Brasil e busca recursos para gasoduto

O presidente argentino, Alberto Fernández, e o predisente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro em São Paulo, após o segundo turno das eleições brasileiras (Foto: EFE/ Fernando Bizerra)

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Brasil e Argentina assinaram um memorando de entendimento sobre envios de eletricidade e gás até 2025 e estão negociando a possibilidade de o governo brasileiro financiar parte da construção de um gasoduto essencial para a colossal formação de hidrocarbonetos não convencionais de Vaca Muerta, no sudoeste argentino. “A integração energética está se tornando uma realidade”, destacou o presidente argentino, Alberto Fernández, após a assinatura do acordo, na quinta-feira (25).

O memorando regula o fornecimento de eletricidade e gás entre os dois países até 2025, mas será renovado automaticamente a cada quatro anos. A Argentina exportou eletricidade para o Brasil por cerca de US$ 1 bilhão em 2021 e fez envios de gás em várias formas para território brasileiro no valor de US$ 350 milhões até agora neste ano. Já o Brasil forneceu eletricidade à Argentina no valor de US$ 250 milhões, em 2022.

O novo contrato permite a utilização do Sistema Bilateral de Pagamentos em Moedas Locais para saldar as compras de energia. O memorando foi assinado pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Hailton Madureira de Almeida, pela secretária de Energia da Argentina, Flavia Royon, e pelo embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli.

No marco da assinatura do memorando, o governo argentino informou que está em negociações com o Brasil para obter financiamento para as próximas etapas da construção do gasoduto Presidente Néstor Kirchner. Este gasoduto, cuja primeira etapa já está em construção e será concluída em meados do próximo ano, será fundamental para a evacuação do gás de Vaca Muerta.

A formação, segunda maior reserva de gás não convencional do mundo, requer maior capacidade de transporte para avançar com seu desenvolvimento massivo. A Argentina entende que o desenvolvimento de Vaca Muerta é fundamental para alcançar sua autossuficiência energética e se projetar como fornecedor internacional, tendo o Brasil como mercado potencial para o gás da gigantesca formação através da extensão do novo gasoduto.

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