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A Argentina está em negociações para comprar 24 caças F-16 da Dinamarca. O valor estimado do negócio é de US$ 664 milhões. Se concretizado, pode marcar o fim de 30 anos de tentativas frustradas de adquirir um novo avião de combate.
A transação pode representar um avanço significativo na defesa da Argentina. Desde 2015, quando aposentou o último Mirage francês, a força aérea argentina não possui aviões de caça.
Atualmente, de acordo com a Folha de S. Paulo, a Argentina tem uma capacidade mínima de combate aéreo com 12 aviões americanos A-4 Fightinghawks. No entanto, apenas cinco estão operacionais.
Esses foram os últimos aviões incorporados à força aérea argentina, adquiridos em 1994 e entregues até 2000. A Argentina também possui 11 aviões Tucano de primeira geração, produzidos pela brasileira Embraer. No entanto, o uso desses aviões é limitado.
A crise econômica na Argentina é uma das razões para a demora na renovação da frota aérea. Isso pode gerar questionamentos ao presidente Javier Milei, que está implementando medidas de austeridade severas no país, incluindo cortes em programas sociais, aposentadorias e salários de servidores.
Além da economia, a estratégia também é um fator que dificulta a aquisição de novos aviões. A tentativa mais recente foi em 2020, quando a Argentina tentou comprar caças FA-50 da Coreia do Sul. No entanto, o negócio foi embargado porque a aeronave possui cinco componentes britânicos. Desde 1982, após a Guerra das Malvinas, o Reino Unido impôs um embargo militar à Argentina.
Outra negociação que não se concretizou foi a compra de 20 aviões chineses JF-17, fabricados no Paquistão. Pressões dos Estados Unidos e questões orçamentárias inviabilizaram o negócio.