O governo da Argentina convocou os ministros da Saúde de Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia para participar esta semana de uma reunião para unificar estratégias contra a nova gripe.
"Trata-se de uma reunião com os ministros de países limítrofes que será realizada esta semana em Buenos Aires, mas ainda não temos data definida", segundo porta-vozes do Ministério da Saúde da Argentina. O país tem pelo menos 94 mortos e mais de 100 mil infectados pela gripe.
O governo de Cristina Kirchner quer o encontro para "compartilhar informação, definir posições e unificar critérios de olho em uma futura vacina, além de analisar os possíveis cenários da pandemia."
O ministro argentino Juan Manzur convocou seus colegas José Gomes Temporão (Brasil), Ramiro Tapia (Bolívia), Alvaro Erazo (Chile), Esperanza Martínez (Paraguai) e María Julia Muñoz (Uruguai).
Segundo o ministério argentino, trata-se de uma reunião de perfil político, mas não está descartada a participação de especialistas.
Vacina
Marie-Paule Kieny, diretora de Pesquisa de Vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse nesta segunda que a pandemia da gripe não pode ser evitada e que, por isso, todos os países precisam da vacina contra o vírus.
O ministro da Saúde argentino, Juan Manzur, afirmou este fim de semana que "é provável" que a quantidade de mortes seja superior às 94 confirmadas oficialmente, depois que números extra-oficiais apontaram que as vítimas passariam de 100 no país.
Manzur também reconheceu que o governo não soube combater a gripe com um "critério único" ao longo do país, que registra o maior número de mortos pela doença da América do Sul e o terceiro do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e México, onde a doença surgiu.
Dias atrás, o ministro disse também que o número de infectados na Argentina poderia chegar a 100 mil.
Devido à doença, a capital e a maioria das províncias decretaram emergência de saúde, além de restringir e até suspender as atividades em escolas, universidades, teatros e tribunais.
Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia atinge 94.512 pessoas em mais de 120 países e matou 429 pessoas, em sua maioria na América.
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
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