O governo da Argentina oficializou nesta segunda-feira a criação do cargo de "representante especial para a política feminista" no exterior, que funcionará na estrutura do Ministério de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto para integrar as questões de gênero e as ações internacionais do país.
Este cargo, oficializado por decreto no Diário Oficial, será ocupado por María Cristina Perceval, secretária de Políticas de Igualdade e Diversidade do governo argentino entre outubro de 2021 e dezembro de 2022, e embaixadora da Argentina nas Nações Unidas entre 2012 e 2015.
De acordo com o decreto, assinado pelo chefe do Gabinete de Ministros, Juan Manzur, era necessário fortalecer os recursos institucionais que contribuiriam para a "integração" da perspectiva de gênero em todas as políticas estatais argentinas, tanto locais quanto internacionais.
Entre suas funções, a representante especial para a política feminista tentará fortalecer questões de gênero "em estreita cooperação com as posições diplomáticas, diretorias, ministérios e agências relevantes" de outros países.
Ela também tentará estimular a promoção da igualdade de gênero nas instituições multilaterais e assegurar a integração da perspectiva de gênero em todas as organizações e fundos multilaterais, de acordo com o decreto.
O governo modificou um item do orçamento nacional para permitir a criação deste cargo, e Perceval terá caráter de embaixadora extraordinária e plenipotenciária do país.
Nascida na província de Mendoza, María Cristina Perceval, de 66 anos, tem uma longa carreira política e institucional, ocupando uma cadeira no Senado entre 2001 e 2009, e o cargo de diretora regional para a América Latina e o Caribe do Unicef entre 2016 e 2019
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia