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A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, convocou nesta sexta-feira (8) um comitê de crise com o apoio das Forças Armadas para conter a escalada de violência associada ao narcotráfico em Rosário, na província de Santa Fé, segundo fontes oficiais.
Em menos de uma semana, assassinos de aluguel contratados pelo narcotráfico mataram dois motoristas de táxi, feriram gravemente um motorista de ônibus, atiraram em uma delegacia de polícia e incendiaram um veículo em resposta às rígidas medidas de controle carcerário implementadas pelo governador de Santa Fé, Maximiliano Pullaro.
"Em virtude dos fatos ocorridos nos últimos dias na cidade de Rosário, nos quais ficou evidente a escalada de violência demonstrada pelos traficantes de drogas, é necessário e urgente redobrar os esforços coordenados entre o estado nacional e Santa Fé, a fim de restaurar a segurança interna na província", diz o texto da resolução ministerial à qual a Agência EFE teve acesso.
Desde que assumiu o cargo de governador em 10 de dezembro, o político da União Cívica Radical (UCR, de centro) - embora quando venceu as eleições fizesse parte da coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança - implementou políticas de segurança sob controle rigoroso nas penitenciárias, imitando o estilo do presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
Essas unidades prisionais alojam matadores de aluguel e homens da linha de comando do narcotráfico, que lideram o negócio das drogas em Rosário e transformaram as prisões em sua "segunda casa", de modo que há anos eles dão ordens para seus grupos a partir das penitenciárias.
O comitê de crise funcionará a partir de publicação no Diário Oficial desta sexta-feira até o dia 9 de julho, embora com a opção de prorrogação, e será presidido por Bullrich e Pullaro, com colaboração de todas as forças policiais federais do país e das Forças Armadas.