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Crise de segurança

Argentina cria Unidade Antimáfia para combater tráfico de drogas em Rosário

Decreto do Ministério da Segurança, de Patricia Bullrich, cria unidade inspirada no Código Penal italiano, em resposta à crise provocada pelo narcotráfico em Rosário (Foto: EFE/Octavio Guzmán)

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A Argentina criou a Unidade Antimáfia, subordinada ao Ministério da Segurança, em resposta à escalada da violência associada ao tráfico de drogas - que o governo chama de “narcoterrorismo” - na cidade de Rosário.

Por meio de uma resolução publicada nesta sexta-feira (15) no Diário Oficial, o Executivo de Javier Milei criou a Unidade Antimáfia (UA) dentro da Secretaria de Combate ao Narcotráfico e à Criminalidade, que funciona no âmbito do Ministério da Segurança.

Essa decisão do governo argentino ocorre em meio a um aumento da violência associada ao tráfico de drogas nessa cidade da província de Santa Fé (centro-leste), com o assassinato aleatório de quatro cidadãos - dois motoristas de táxi, um motorista de ônibus e um funcionário de um posto de gasolina - em menos de uma semana.

Por esse motivo, o Ministério da Segurança criou um Comitê de Crise, que também inclui o Ministério da Defesa, o Executivo da província de Santa Fé e a prefeitura de Rosário.

No dia 11 de março, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, junto com outras autoridades, compareceu a uma entrevista coletiva na qual anunciou a intenção do governo de criar essa Unidade Antimáfia, inspirada no modelo italiano de combate a gangues criminosas.

De fato, a resolução publicada no Diário Oficial reconhece que “no direito comparado, vale a pena mencionar o Código Penal Italiano, cujo artigo 416 bis estabelece que uma associação é do tipo mafioso 'quando seus membros usam a força intimidadora do vínculo associativo e a condição de submissão e silêncio que dele deriva para cometer crimes'”.

“Da mesma forma, para adquirir direta ou indiretamente a gestão ou, em qualquer caso, o controle de atividades econômicas, concessões, autorizações, contratos e serviços públicos ou para obter ganhos ou vantagens injustas para si ou para outros, ou com o objetivo de impedir ou dificultar o livre exercício do voto ou para obter votos para si ou para outros em casos de consultas eleitorais”, acrescenta o texto da resolução.

Na opinião do governo argentino, “o avanço global do crime organizado de tipo mafioso torna necessário redobrar os esforços em termos de prevenção, repressão e punição e, portanto, considera-se apropriado criar um ambiente de trabalho unificado para a elaboração e implementação de políticas públicas que promovam a geração de mecanismos para prevenir e combater o crime de tipo mafioso”.

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