Gestão Milei apontou que nos governos de Néstor e Cristina Kirchner (foto) e Alberto Fernández número de benefícios superou o “de países em guerra ou que sofreram desastres naturais”| Foto: EFE/Luciano González
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O governo da Argentina denunciou nesta sexta-feira (19) uma fraude milionária contra o Estado por meio da concessão irregular de pensões por invalidez durante administrações anteriores.

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Uma auditoria realizada pela Agência Nacional de Incapacidade (Andis) sobre as pensões de invalidez concedidas durante administrações anteriores detectou “atividade fraudulenta em grande escala”, com o desvio de fundos estimado em US$ 3,4 bilhões só no último ano, segundo informou em coletiva de imprensa o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

A auditoria revelou que durante os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015) o montante das pensões não contributivas por incapacidade para o trabalho passou de 79 mil para mais de 1 milhão, enquanto em dezembro de 2023 esse número era de 1,22 milhão de beneficiários.

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Adorni afirmou que se trata de um número “estratosférico”, que não corresponde nem mesmo a um país que sofreu guerras ou desastres naturais.

Entre as irregularidades e incompatibilidades na concessão de pensões, o porta-voz destacou que a Direção-Geral de Cultura e Educação da Província de Buenos Aires conta com 683 funcionários que recebem pensão por invalidez, das quais 65% foram concedidas em menos de 30 dias.

Além disso, mencionou o caso da província de Chaco, no norte, onde uma mesma radiografia de ombro foi apresentada como prova para a obtenção de 150 pensões por invalidez.

O porta-voz presidencial argentino citou ainda o insólito caso de um médico que em 2022 anexou ao atestado que apresentou para obter uma pensão uma radiografia de um cão.