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O presidente da Argentina, Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Diante da inflação descontrolada e do fato de o ministro da Economia, Sergio Massa, ser o candidato governista à presidência, o governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (15) uma novidade bizarra para tentar amenizar o desgaste que o peronismo sofre toda vez que é divulgado um informe sobre como variaram os preços no país.

O secretário de Política Econômica, Gabriel Rubinstein, informou por meio das redes sociais que a partir de agora o governo informará semanalmente os dados sobre a inflação – historicamente, os números são informados mensalmente pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Rubinstein já divulgou o primeiro dado, ao informar que a variação de preços na semana de 4 a 10 de setembro na Argentina foi de 2,1%.

O jornal Clarín apontou que o objetivo evidente é “amortecer” as más notícias sobre a inflação, já que as consultorias estimam uma variação de 10% em setembro. O índice deste mês deve ser divulgado pelo Indec em 12 de outubro, dez dias antes da eleição presidencial na qual Massa concorre.

Rubinstein informou que os números serão divulgados toda sexta-feira pela sua pasta e que as publicações mensais do Indec sobre inflação continuarão sendo disponibilizadas. Entretanto, a imprensa argentina questiona o que poderá acontecer se os dados dos dois órgãos apresentarem divergências.

Segundo números divulgados na quarta-feira (13) pelo Indec, a variação média dos preços na Argentina no mês passado foi de 12,4%, a maior desde 1991. O índice é praticamente o dobro do registrado em julho, quando a inflação mensal foi de 6,3%. A inflação em 12 meses subiu para 124,4%, após ficar em 113,4% em julho.

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