Argentina e China negociam cooperação sobre recursos naturais e transição energética

Os governos de Argentina e China assinaram um memorando de entendimento para um trabalho de cooperação científica em recursos naturais e transição energética, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais do país sul-americano.

De acordo com um comunicado do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação argentino, o titular da pasta, Daniel Filmus, como parte de uma missão oficial a Pequim, e o ministro de Recursos Naturais chinês, Wang Guanghua, assinaram o memorando de entendimento com foco na “criação de um centro binacional virtual de pesquisas sobre recursos naturais e transição energética”.

O acordo propõe como possíveis formas de cooperação entre Argentina e China a troca de visitas de delegações governamentais; de cientistas, acadêmicos e equipes de especialistas; implementação conjunta de pesquisas tecnológicas e organização conjunta de seminários, cursos de capacitação e simpósios.

Também foi pactuado o lançamento e implementação conjunta de projetos de cooperação internacional; a criação conjunta de centros de cooperação e instalações de pesquisa científica; o intercâmbio de dados sobre equipamentos, resultados de investigação e informações científicas, e a prestação de serviços de investigação e desenvolvimento, conforme acordado mutuamente.

“O memorando de entendimento abre oportunidades muito interessantes para ambos os países. A exploração sustentável dos recursos naturais e a transição energética são questões inevitáveis ​​no mundo atual e no desenvolvimento futuro”, declarou Filmus.

De acordo com ele, a Argentina propôs “avanços em uma série de iniciativas concretas”, como a criação de um centro binacional virtual de pesquisa em recursos naturais e transição energética; a abertura de concurso de projetos na temática para equipes de pesquisa dos dois países; o intercâmbio de três pesquisadores para cada país, e um trabalho conjunto na área oceânica e antártica.

No restante da agenda em Pequim, o ministro terá reuniões com o diretor dos Observatórios Astronômicos Nacionais da China (NAOC, na sigla em inglês), Jin Zhang; o vice-presidente da Academia de Ciências da China, Hejun Yin; e o titular da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Gao Xiang.