Buenos Aires (AFP) Com o apoio dado na quarta-feira pelo Senado argentino, o presidente Néstor Kirchner disse que vai recorrer à Corte Internacional de Justiça de Haia (Holanda), se necessário, para resolver uma crise com o Uruguai. O conflito foi causado pela instalação, no Uruguai, de duas fábricas de celulose que os argentinos consideram poluentes às margens de um rio fronteiriço. Durante a votação, a maioria governista no Senado foi reforçada com o apoio de todas as forças de oposição, inclusive dos radicais social-democratas e dos neoliberais do ex-presidente Carlos Menem. Um projeto similar de declaração está sendo analisado pela Câmara de Deputados. Do lado uruguaio, a chanceler interina, Belela Herrera, partiu na quarta-feira para Washington onde se reunirá com o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, a quem expressará preocupação com a "omissão" do governo argentino em garantir "a livre circulação de pessoas" na região.
Bloqueios
Ambientalistas e moradores da província argentina de Entre Ríos (nordeste), vizinha da cidade uruguaia de Fray Bentos, onde estão sendo construídas as fábricas, mantêm bloqueadas as passagens terrestres entre os dois países pelo Rio Uruguai. Manifestantes impedem o trânsito na ponte Gualeguaychú-Fray Bentos (230 quilômetros ao norte de Buenos Aires) desde 3 de fevereiro. As duas fábricas representam um investimento de US$ 1,8 bilhão.
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