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A Argentina determinou a expulsão e proibiu a entrada, de forma permanente, do principal detido pela venda de cocaína adulterada que matou 21 pessoas e deixou várias internadas na província de Buenos Aires.
O paraguaio Joaquín Aquino, apelidado de “Paisa”, foi preso pela polícia na quinta-feira (3), após operações realizadas em toda a zona norte e oeste da província.
“A Direção Nacional de Migrações (DNM), que depende do Ministério do Interior, ordenou a expulsão do país com uma proibição permanente de reentrada de Joaquín ‘Paisa’ Aquino ligada ao caso da cocaína envenenada”, informou a entidade em comunicado oficial.
O suposto traficante é suspeito pela Justiça argentina de fornecer as drogas apreendidas nas proximidades de “Puerta 8”, um assentamento de emergência localizado em Tres de Febrero, na província de Buenos Aires.
Segundo o documento, Aquino teve a residência negada e foi expulso do país com uma proibição de reentrada durante oito anos, mas esta medida nunca foi cumprida, uma vez que já estava foragido da Justiça desde 2018.
“A decisão da agência de migração se deveu ao fato de Aquino ter tido condenações por posse ilegal de uma arma de guerra e por tráfico de drogas na sua modalidade de posse para fins de comercialização”, explicou a chefe da DNM, Florencia Carignano.
“A DNM emitiu a expulsão e proibiu a reentrada de Joaquín Aquino, agora permanentemente, uma decisão que se tornará efetiva quando cessar o interesse da Justiça na pessoa”, acrescentou.
Durante a detenção de “Paisa”, os agentes de segurança apreenderam uma pistola Glock com o número de série apagado e material para 5 mil doses de cocaína.
Como resultado destas operações policiais, foram apreendidas até agora entre 12,6 mil e 13,6 mil doses prontas para consumo e que foram embaladas de forma semelhante às adquiridas pelas vítimas.
Nesta semana, 21 pessoas morreram devido ao uso de cocaína adulterada e 84 outras foram internadas em hospitais de Buenos Aires, mas o governo provincial informou que o número de pacientes continua diminuindo.
Atualmente, 23 pessoas permanecem internadas, oito delas com o auxílio de respiradores.
As autoridades mantêm o “alerta epidemiológico” para intoxicação por opiáceos e, segundo o Ministério da Saúde, foi aplicada naloxona em todos os casos de pacientes intoxicados, um medicamento poderoso que reverte rapidamente os efeitos da overdose.