Portão de desembarque no Aeroporto Internacional de Ezeiza, na província de Buenos Aires| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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A Argentina anunciou nesta sexta-feira (1º) a reabertura de suas fronteiras para turistas estrangeiros, que será feita progressivamente até a permissão para entrada de pessoas oriundas de qualquer país, dentro de um mês. O país também flexibilizou restrições para enfrentamento à pandemia de Covid-19, com vigência até 31 de dezembro.

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A abertura gradual das fronteiras começou já nesta sexta-feira, com a entrada de turistas de países vizinhos que tenham permanecido pelo menos durante os últimos 14 dias nesses países. Os pontos já autorizados como “corredores seguros” para a entrada são os aeroportos de Cataratas del Iguazú, Mendoza, Ushuaia, Ezeiza, San Fernando, os portos de Buenos Aires e Ushuaia e as passagens terrestres entre Puerto Iguazú (Argentina) e Foz do Iguaçu e de Cristo Redentor, a principal entre Argentina e Chile.

Para entrada por transporte aéreo, foram estabelecidas cotas. Argentinos ou estrangeiros residentes no país, moradores de países vizinhos e estrangeiros não residentes na Argentina ou em países vizinhos que tenham sido excepcionalmente autorizados pela Direção Nacional de Migrações terão direito a 2,3 mil assentos diários em voos entre esta sexta-feira e domingo (3); entre segunda-feira (4) e 10 de outubro, serão 21 mil assentos semanais; a partir de 11 de outubro e até 14 dias após o índice de 50% da população argentina com vacinação completa ser atingido, a cota será de 28 mil assentos semanais. Depois disso, não haverá cota de qualquer espécie.

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Os estrangeiros não residentes na Argentina de qualquer origem terão entrada autorizada a partir de 1º de novembro. A associação que representa as companhias aéreas do país projeta que serão recuperadas cem rotas que foram fechadas devido à pandemia.

“Com esta decisão, os turistas dos países vizinhos começaram a entrar no país. A partir de 20 de outubro, começa também a temporada dos cruzeiros, uma atividade que gera muita renda”, disse o ministro do Interior, Eduardo de Pedro, em entrevista coletiva. O turismo tem sido um dos setores mais duramente atingidos pelas restrições sanitárias. Em 2019, antes da pandemia, a Argentina recebeu 3 milhões de turistas estrangeiros, o que representou um faturamento de US$ 3,177 bilhões.

A ministra da Saúde, Carla Vizzotti, afirmou que esta abertura é possível graças ao progresso da campanha de vacinação e à melhora da situação epidemiológica, com uma média diária de 1.584 contágios em setembro.

Para entrar no país, os turistas devem estar totalmente vacinados ou, caso contrário, serão submetidos ao isolamento obrigatório, apresentar um teste de PCR negativo 72 horas antes da viagem, fazer um teste de antígeno ao chegarem à Argentina e outro teste de PCR cinco a sete dias depois da chegada.

Outro decreto, para flexibilizar medidas de enfrentamento à pandemia, foi publicado, e estabelece regras como exigências de teste de antígeno negativo e isolamento prévio caso a pessoa não tenha completado o esquema vacinal 14 dias antes para viagens em grupo de estudantes; esquema de vacinação completo duas semanas antes para viagens em grupo de aposentados; funcionamento de discotecas, locais de dança ou similares com no máximo 50% da capacidade e ciclo vacinal dos frequentadores completado há pelo menos 14 dias; e eventos com mais de mil pessoas em espaços fechados com no máximo 50% da capacidade e exigência do esquema vacinal completo ou de pelo menos uma dose da vacina, mais teste negativo.

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O decreto também determina trabalho presencial para os funcionários da administração pública nacional, exceto para pessoas em grupos de risco.