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A tensão impera na Casa Rosada nesta quinta-feira (27), com a indefinição se o governo da Argentina honrará um pagamento de US$ 731 milhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que deve ser feito até esta sexta-feira (28).
Segundo informações do jornal Clarín, definições sobre o assunto estão sendo discutidas paralelamente às negociações com o FMI, que se intensificaram nas últimas 72 horas. Em 2022, a Argentina deve pagar US$ 19 bilhões ao fundo e está tentando renegociar os termos desse compromisso. Para a próxima terça-feira (1º), está previsto outro vencimento, de US$ 365 milhões.
A tensão cresce porque por enquanto o governo de Alberto Fernández sequer confirmou que fará o pagamento desta sexta-feira. O deputado Leopoldo Moreau, próximo da vice-presidente Cristina Kirchner, declarou em uma entrevista de rádio que havia a possibilidade de calote.
“Não é o pior dos remédios”, afirmou, num discurso que nesta quinta-feira foi rechaçado pela Casa Rosada.
Ainda de acordo com o Clarín, Fernández divulgará uma mensagem presidencial sobre o assunto nesta sexta-feira. A agência Bloomberg informou que o conselho de administração do FMI se reunirá pela manhã em Washington para comunicar sobre as negociações com Buenos Aires.