Incêndios florestais já atingiram 15 províncias da Argentina em 2020. Segundo informe do Serviço Nacional de Manejo do Fogo (SNMF) desta segunda-feira (5) há ao menos 14 focos ativos. A situação mais preocupante se observa na província de Córdoba, onde a destruição já é a pior dos últimos dez anos. Lá, quase 200 mil hectares foram devastados pelo fogo e mais de 500 bombeiros têm trabalhado nas últimas semanas para conter as chamas.
Na comunidade de Achiras, no oeste de Córdoba, um grande incêndio estava se aproximando de residências. Em entrevista à rádio Cadena 3, o secretário de Gestão de Riscos Climáticos e Catástrofes da província, Claudio Vignetta, falou nesta segunda-feira que havia uma “faixa de 12 quilômetros de fogo que avança lentamente e contra o vento em direção a Achiras”.
De acordo com o Clarín, o prefeito de Achiras informou que os bombeiros fizeram uma espécie de círculo de contrafogo para tentar proteger a cidade. Algumas famílias foram evacuadas. Na noite de ontem, o incêndio estava a dois quilômetros da localidade, mas, de acordo com o jornal La Voz, moradores ajudaram bombeiros e conseguiram evitar o avanço das chamas.
O governo federal argentino enviou a Córdoba seis aviões, cinco hidrantes e 65 brigadistas para controlar os incêndios. Os bombeiros e autoridades torcem pela chuva para poder controlar os focos com mais facilidade, mas essa é a pior seca dos últimos 65 anos na região. O SNMF considera que 95% dos focos de incêndio são intencionais e que as condições de seca - altas temperaturas, falta de chuvas e baixa umidade - são um “problema adicional” que fazem com que as chamas saiam de controle.
Outras províncias com focos ativos são San Luis, Tucumán, Salta e Formosa.