A Argentina iniciou neste sábado uma nova etapa de restrições adotadas para enfrentar a segunda onda da Covid-19, depois que o presidente, Alberto Fernández, prorrogou até o próximo dia 25 as medidas que desde o início de maio estabelecem quais atividades não podem ser realizadas.
Para o governo, o resultado destas duras medidas de redução da circulação é que agora há uma queda nas infecções em vários distritos, mas alerta que cerca de 7,5 mil pessoas ainda estão internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
"Isso está longe de ter sido superado", disse hoje, o chefe do Estado-Maior, Santiago Cafiero, à Rádio Mitre. "É preciso continuar se cuidando, senão vamos voltar a uma nova onda de infecções", acrescentou.
Desde abril, a Argentina vem registrando um aumento vertiginoso de casos de Covid-19, com um nível crescente de ocupação de leitos em UTIs.
Em todo o país, viagens em grupo, reuniões sociais com mais de 10 pessoas e a frequência ao trabalho de pessoas com fatores de risco foram suspensas.
Novas restrições
O governo argentino acompanhou as restrições hoje com uma norma que limita os voos de passageiros para evitar "o risco de introdução de novas variantes, ainda mais transmissíveis".
Também estabeleceu uma redução de 20% das frequências de voos que têm como origem ou destino países europeus. E mantém a suspensão dos voos diretos de entrada e saída para o Reino Unido, Turquia e países do continente africano, além de Brasil, Chile e Índia.
A Argentina espera com a chegada de novas doses da vacina contra a Covid-19 dar continuidade à campanha de vacinação iniciada no final de dezembro do ano passado.
Hoje, fontes oficiais anunciaram que chegarão 811 mil doses da vacina da AstraZeneca, em voo da Aeroméxico, que seria a primeira remessa liberada do México do imunizante produzido na Argentina e embalado naquele país.
De acordo com dados oficiais divulgados ontem, até o momento 16,1 milhões de doses já foram aplicadas a uma população de cerca de 45 milhões de habitantes.
A Argentina acumulou 4.093.090 casos e 84.628 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.
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