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O ex-ditador e ex-general Jorge Rafael Videla será julgado por 30 homicídios, 555 sequestros e 264 casos de tortura ocorridos sob a jurisdição do Primeiro Corpo do Exército. A decisão foi tomada na noite de terça-feira pelo juiz Daniel Rafecas. Entre os delitos estão o sequestro do escritor Haroldo Conti e o assassinato de Marcelo Gelman, filho do poeta Juan Gelman.

O ex-general, atualmente detido em uma prisão do quartel de Campo de Mayo, foi julgado por uma série de crimes entre 1985 e 1986, após o fim da ditadura militar (1976-83). Desta vez, ele será julgado por delitos diferentes. Na época, Videla foi condenado à prisão perpétua. Em 1990, porém, foi indultado pelo então presidente Carlos Menem, que tentou promover uma pacificação nacional após uma série de tentativas de golpes de Estado por parte de militares insatisfeitos.

A Corte Suprema de Justiça autorizou o Instituto Nacional do Cinema (Inca) a filmar o julgamento de Videla e de outros integrantes da ditadura. As sessões serão ainda transmitidas pela TV. A ideia é que a população tome conhecimento dos detalhes dos julgamentos, ao contrário do que ocorreu em 1985 e 1986. Na época, os canais só podiam exibir três minutos diários de imagens dos julgamentos.

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