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Argentina busca construir Mercosul “mais poderoso” com Brasil

Argentina busca construir Mercosul "mais poderoso" com Brasil
O presidente Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernández. (Foto: Kaloian/ Ministerio de Cultura de la Nación)

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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, expressou nesta quarta-feira (1º) o seu compromisso de construir um Mercosul "cada vez mais poderoso", em colaboração com o governo Lula.

"Juntos (Argentina e Brasil) estamos construindo o Mercosul, um coração que queremos que seja cada vez mais poderoso em termos de comércio entre parceiros e de impulsionar o comércio com outros países e blocos da América Latina e do Caribe", disse Fernández no seu discurso na abertura das sessões legislativas no Congresso, o último do seu atual mandato.

Durante o discurso, o mandatário da Argentina - país que ocupa a presidência temporária do Mercosul - reiterou também a necessidade de "cada vez mais" desenvolver órgãos de integração na região, citando como exemplos a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), cuja presidência foi exercida pela Argentina até o final de janeiro, e a União de Nações Sul-Americanas (UNASUR).

"Se nunca deixamos de fazer, mesmo quando fomos provocados a desmembrar o Mercosul, como não podemos continuar por este caminho? Ainda mais agora, que o Brasil é governado por uma coalizão liderada por um dos maiores líderes da história e que é também um amigo inabalável da Argentina", declarou Fernández.

No discurso, Fernández argumentou que, durante os seus anos de mandato, a Argentina desenvolveu uma política externa baseada no "multilateralismo cooperativo", apoiando "firmemente" a paz mundial e a resolução pacífica de disputas.

Fernández disse que o país "recuperou o seu lugar no concerto das nações" com base na sua "identidade" e na "defesa" dos seus interesses, destacando a participação em fóruns como Celac, Mercosul, Cúpula das Américas, G20 e o G7.

Ele destacou o que chamou de "determinação" em assegurar que a democracia "se expanda e seja respeitada" na América Latina, em referência a Brasil e Bolívia.

"Fui eu, com a minha moderação, que apoiei Lula quando ele foi injustamente preso e que apoiei Evo Morales (ex-presidente da Bolívia) quando um golpe de Estado lhe retirou o poder que a maioria do seu povo tinha lhe dado", comentou.

O chefe de Estado chegou ao Palácio Legislativo, em Buenos Aires, para liderar, como estabelecido pela Constituição, o tradicional discurso presidencial na cerimônia de abertura da 141ª sessão ordinária do Congresso, na qual fala do estado da nação e dos projetos planejados para os próximos meses.

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