A Argentina pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que intervenha na disputa com a Grã-Bretanha pelas ilhas Malvinas, mas autoridades do órgão internacional disseram que uma mediação precisaria do consenso do governo britânico.
O chanceler argentino, Jorge Taiana, apresentou o pedido ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dois dias após uma empresa britânica ter começado a explorar petróleo na ilha do Atlântico Sul, chamada pelos britânicos de Falkland, reativando uma longa disputa pelo controle da área.
A Argentina, que reivindica a região desde o estabelecimento do controle da Grã-Bretanha no século 19, invadiu a ilha em 1982. Após uma guerra de dois meses, os argentinos foram obrigados a desistir, mas ainda reivindicam o arquipélago e afirmam que a exploração da empresa Britain's Desire Petroleum infringe sua soberania.
"Pedimos ao secretário-geral... que transmita à Grã-Bretanha a necessidade de não se tomar mais nenhuma ação unilateral", disse Taiana a repórteres após se reunir com Ban.
O chanceler acrescentou que a Grã-Bretanha deveria cumprir as resoluções da ONU e "sentar para negociar com a Argentina sobre o conflito nas Malvinas."
O governo britânico rejeita as objeções da Argentina à exploração de petróleo, afirmando que a atividade está dentro das leis internacionais.
"A soberania britânica em relação às Malvinas está absolutamente clara nas leis internacionais", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, David Miliband, na terça-feira.
O porta-voz da ONU Ari Gaitanis disse que Ban "anotou as preocupações argentinas" durante a reunião com Taiana e saudou o comprometimento do governo de Buenos Aires de resolver a disputa pacificamente.
Ele não disse se Ban transmitiria a mensagem do chanceler argentino à Grã-Bretanha, mas disse que o chefe da ONU "reiterou que seus bons esforços estão disponíveis quando solicitados por todas as partes numa disputa."
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