A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que as forças federais estavam “desorientadas” sobre uso de armas e o novo regulamento deixa claro como podem agir| Foto: EFE/Octavio Guzmán
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A Argentina permitirá que as forças de segurança federais usem armas de fogo em caso de “perigo iminente”, de acordo com as novas normas gerais apresentadas nesta quarta-feira (13) pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em Buenos Aires.

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“As tropas estavam muito desorientadas com relação ao uso de seus armamentos, muito privadas da possibilidade de serem forças com a capacidade de repelir as agressões, ataques, assassinatos e homicídios que estão acontecendo nas regiões onde as forças federais estão”, disse Bullrich em entrevista coletiva.

O novo regulamento permite que as armas sejam usadas quando houver um perigo iminente de morte para o próprio agente ou para os cidadãos em perigo diante da ação de criminosos, delinquentes, gângsteres ou traficantes de drogas.

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Elas também podem ser usadas para impedir a prática de um crime que coloque em risco a integridade física das pessoas e para deter um criminoso que resista às autoridades ou impedir sua fuga.

Além disso, o uso é autorizado para manter a segurança e a ordem quando a integridade física e a vida das pessoas sob custódia ou dos encarregados da segurança estiverem em risco, em tentativas de fuga em tribunais ou prisões, o que permite o uso de armas pelos agentes penitenciários.

Bullrich declarou que os agentes “devem sempre se identificar como tal, com a exceção de que se o fato de revelar a identidade coloca em risco a vida do agente ou a de terceiros, e quando houver desvantagem numérica ou tática”.

“A resolução deixa claro como são as ações das forças”, afirmou Bullrich, comemorando o fato de que os agentes “saberão que estão protegendo [a comunidade] e que estão sendo protegidos por um sistema que lhes permite desempenhar a função para a qual foram treinados”.

A ministra disse que os policiais tinham receio de usar suas armas por medo de serem julgados e presos.

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A resolução do Ministério da Segurança, que será publicada nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial, revoga qualquer disposição que a contradiga e complementa o Código Penal da Argentina e as convenções internacionais das Nações Unidas que o país incorporou.

O anúncio foi feito em um momento em que a cidade de Rosário, na província de Santa Fé, está passando por uma “crise sem precedentes”, de acordo com Bullrich, devido à violência associada ao tráfico de drogas, que levou ao envio de forças federais.

A ministra esclareceu que todas as forças de segurança das províncias poderão aderir a essa resolução ou criar seus próprios regulamentos.

Apesar da crise econômica do país, ela informou que três tipos de armas estão sendo comprados para as forças federais: pistolas, escopetas (para postos de controle) e armas não letais Byrna (para aeroportos e estações). Além disso, é esperada a chegada de armas de choque.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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