A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, declarou nesta segunda-feira (7) que o governo argentino tentará baixar a maioridade penal para 15 anos no caso de crimes graves. Segundo a imprensa local, o governo pretende também criar um regime socioeducativo para menores que cometam delitos.
Atualmente na Argentina, a idade a partir da qual os indivíduos respondem como adultos perante a lei é de 16 anos.
Em entrevista para a Rádio Mitre, de Buenos Aires, Bullrich disse que o Executivo trabalhou durante dois anos no projeto para o novo regime penal juvenil que será enviado ao Congresso e discutido na próxima sessão extraordinária, que deve acontecer em fevereiro. Ela acrescentou que os autores do projeto ouviram “experiências de todo o mundo”. A proposta foi elaborada por representantes dos ministérios da Justiça, da Segurança, do Desenvolvimento Social e de várias ONGs.
“Chegamos a um consenso: a imputabilidade para delitos graves aos 15 anos”, afirmou.
Leia também: 13 países pedem que Maduro não assuma novo mandato como presidente da Venezuela
De acordo com a ministra, o menor de idade que cometer um crime entrará em um regime socioeducativo, que pode incluir tratamento, para evitar que o jovem siga no caminho do crime. Para ela, a criação desse regime "vai mudar as condições de segurança e do futuro na Argentina".
A discussão sobre a maioridade penal também acontece no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro defende a redução da maioridade de 18 para 16 anos no país. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também é favorável à mudança.
Deportação
Patricia Bullrich também afirmou na entrevista que 20% dos presos na Argentina por crimes que envolvem drogas são estrangeiros. O programa que será apresentado ao Congresso inclui um plano para deportar mil estrangeiros e a criação de uma câmara para acelerar esse processo.
“O objetivo é que todos os que se estabeleçam na Argentina o façam para estruturar suas famílias, suas bases, e não para vir delinquir”, afirmou.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião