O presidente da Argentina declarou toque de recolher da 00h às 6h nos departamentos em que a situação epidemiológica é grave, entre outras medidas para conter a propagação da Covid-19| Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP
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A Argentina registrou nesta quarta-feira (7) o maior número de diagnósticos positivos de Covid-19 em um único dia, desde o início da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, foram 22.039 novos casos em 24 horas. Nos últimos sete dias, houve um aumento de 36% nas infecções em todo o país e de 53% na região metropolitana de Buenos Aires.

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O agravamento da situação epidemiológica fez com que o presidente Alberto Fernández decretasse, nesta quarta-feira, novas medidas de restrição de mobilidade em uma tentativa de reduzir a propagação do coronavírus. São elas:

  • Toque de recolher da 00h às 6h (horário poderá ser estendido pelas autoridades locais);
  • Fechamento de restaurantes e bares às 23h;
  • Suspensão de atividades sociais em casa;
  • Suspensão de reuniões em espaços públicos ao ar livre com mais de 20 pessoas;
  • Cassino, bingo, discotecas e qualquer salão de festas não poderão realizar atividades;
  • Suspensão da prática recreativa de esportes com mais de 10 pessoas em locais fechados;
  • Na região metropolitana de Buenos Aires, só poderão usar o transporte público os trabalhadores considerados essenciais e os trabalhadores da área da educação.
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Essas medidas serão adotadas a partir de sexta (9) nos departamentos argentinos onde a epidemia está em ascensão e devem vigorar até 30 de abril. De acordo com o jornal La Nación, cerca de 25 milhões de argentinos devem ser afetados.

Já nos departamentos onde o risco epidemiológico é médio, segundo definição do governo federal, os governadores terão a responsabilidade de adotar medidas precoces para reduzir a circulação e prevenir contágios. A única medida que será implementada em todo o país é a suspensão de todas as viagens de grupos turísticos e de competições esportivas amadoras.

"Todos vimos como na Semana Santa se repetiram festas e reuniões contrariando todos os protocolos", afirmou Fernández, que está em isolamento porque está com Covid-19. "Precisamos do compromisso de todos para reduzir a velocidade do contágio à medida que avançamos com a vacinação. Devemos tomar novas medidas de cuidado. O que acontecer na segunda onda vai depender das medidas que implementarmos, que haja um controle rigoroso em cada jurisdição e, fundamentalmente, o compromisso de cada membro da nossa comunidade", acrescentou.

Sobre a vacinação, Fernández afirmou esperar que a Argentina consiga imunizar o maior número de pessoas possíveis em abril. Até agora, segundo o governo, foram aplicadas 4,7 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 no país – de um total de 6,48 milhões que foram distribuídas nas províncias. Quatro milhões de argentinos receberam pelo menos uma dose e 707 mil foram imunizados com as duas doses.

Depois de ter contraído a doença mesmo após receber as duas doses da Sputnik V, o presidente afirmou que a "vacina me permitiu passar ao tratamento sem os piores sintomas".

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