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A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, anunciou nesta quarta-feira (29) uma redução nos prazos de isolamento para quem der positivo em teste para o novo coronavírus ou contatos próximos, mas com esquema completo de vacinação contra a Covid-19.
As mudanças foram divulgadas em meio a uma terceira onda de contágio do patógeno no país, confirmada pelas autoridades locais.
Para os contatos próximos que sejam assintomáticos e que contem com esquema completo de vacinação, o isolamento fica reduzido de dez para cinco dias. Contudo, nos cinco dias restantes, é pedido para que sejam adotados cuidados extremos e que se evite situações de risco de propagação.
Já os contatos próximos que não tenham completado o esquema de vacinação ou não recebido qualquer dose de imunizante deverão fazer os dez dias de isolamento ou sete dias e a realização de teste com resultado negativo.
No caso das pessoas que derem positivo e tiverem o esquema de vacinação completo, o período de isolamento deverá ser de sete dias, com total cuidado nos três seguintes.
Já aquelas que não tenham completado o ciclo vacinal deverão fazer isolamento de dez dias, como era recomendado anteriormente.
Terceira onda
Vizzotti afirmou, em entrevista coletiva, que a Argentina está “começando a terceira onda”. A ministra alegou que a propagação acelerada do novo coronavírus foi mitigada pelas medidas tomadas desde o avanço da variante delta, especialmente, com a vacinação da população.
De acordo com a integrante do governo, 70% da população completou o esquema de imunização, enquanto 83% receberam a aplicação de, pelo menos, uma dose.
Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou que a Argentina registrou mais 33.902 casos de infecção pelo novo coronavírus; com isso, o total saltou para 5.514.207 desde o início da pandemia.
O número de casos de terça-feira (28) aponta para uma elevação acentuada na comparação com a véspera, quando foram computadas 20.263 infecções. A quantidade também se aproxima do pico na Argentina, que foi de 41.080, em 27 de maio.
Além disso, o Ministério da Saúde indicou que foram confirmadas mais 20 mortes em decorrência da Covid-19 no país, o que eleva o total para 117.085.
Segundo Vizzotti disse nesta quarta-feira, o “aumento exponencial” de casos positivos na Argentina está relacionado com a variante ômicron do novo coronavírus, que admitiu estar presente em todas as províncias do país.
“Até o momento, não temos uma tradução desse aumento do número de casos no aumento das internações em UTIs e das mortes”, explicou a ministra. A taxa de ocupação das unidades de todo o país, por pacientes com todos os tipos de doenças, é de 34,4%. Na região metropolitana de Buenos Aires, o índice chega a 36,4%.