| Foto: Comissão Interamericana de Direitos Humanos/AFP

Território

Uruguai fecha portos para navios britânicos

O governo do Uruguai fechou seus portos para navios com bandeira das Ilhas Malvinas e o governo britânico busca uma explicação de Montevidéu.

O presidente uruguaio, José Mujica, anunciou ontem a medida. Somente navios com bandeira das Ilhas Malvinas terão negada autorização para aportar. De acordo com Mujica, a decisão é uma resposta à reivindicação da vizinha Argentina de soberania sobre o arquipélago controlado pelo Reino Unido.

Buenos Aires reclama soberania sobre as ilhas, chamadas de Malvinas pelos argentinos e de Falklands pelos britânicos, desde o século 19. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território. Os argentinos foram derrotados.

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Imagens dos voos da morte da ditadura

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) entregou ao juiz federal argentino Sergio Torres fotografias de corpos de dissidentes que teriam sido lançados de aviões em pleno voo sobre a foz do Rio da Prata durante a mais recente ditadura militar da Argentina, entre 1976 e 1983. A maior parte dos cadáveres apareceu em praias entre as cidades de Colônia, às margens do Rio da Prata, e La Paloma, na costa do Oceano Atlântico. As imagens são consideradas provas importantes para confirmar a existência dos chamados "voos da morte". O destino dos corpos fotografados é desconhecido.

A Câmara da Argentina aprovou ontem projeto de lei que impõe um grande limite à quantidade de terras produtivas que os estrangeiros podem comprar no país. A proposta ainda será votada no Senado, onde o governistas também têm ampla maioria.

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Segundo o projeto de lei, cada pessoa física ou jurídica estrangeira poderá comprar 1 mil hectares de propriedade rural ou terras em áreas rurais e o total permitido de área rural produtiva em mãos dos estrangeiros será reduzida em 15%. Também, pessoas físicas e companhias do mesmo país não podem deter mais do que 30% em propriedades rurais no país. O projeto de lei não é retroativo.

"Pensamos em nossa soberania relacionada à alimentação de nossas crianças no futuro", disse o aliado da presidente Cristina Kirchner e líder da comissão legislativa da Câmara, Luis Cigogna, durante debate sobre o projeto de lei que varou a madrugada desta sexta-feira.

O projeto de lei foi aprovado por uma ampla maioria, que inclui o bloco de oposição socialista FAP. Lidar com a questão das propriedades estrangeiras de terras produtivas na Argentina é "verdadeiramente urgente" e a compra "deve ser interrompida para preservar esta fonte estratégica", disse o deputado da FAP, Omar Duclós.

Papel de jornal

Em outra ofensiva do governo, a Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira à noite, por 134 votos a favor, 92 contra e 13 abstenções, o projeto de lei que abre caminho para que o governo de Cristina Kirchner controle a produção, distribuição e importação de papel de jornal. O texto passará ao Senado, onde deverá ser votado na próxima semana.

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O projeto havia passado por cinco comissões sem debate com organismos e empresas que solicitaram discutir a matéria. Instituições que representam jornalistas e meios de comunicação e parlamentares opositores afirmam que a lei visa um maior controle oficial dos jornais críticos à Casa Rosada.

O texto declara a produção de papel de jornal atividade de interesse público e fixa critérios de preços e comercialização, de importação e até de margem de lucro e volumes e prazos de investimentos.