Buenos Aires (AE) – A família da brasileira Geovana da Silva Pereira, 27 anos, assassinada em Buenos Aires, resolveu apelar ao deputado federal Jorge Martin Argüello, do Partido Justicialista, para ajudar na liberação do corpo. Uma irmã de Geovana, Ana Lídia, e uma tia, Lilian Costa, estão tentando acelerar o processo burocrático e as investigações policiais. Como houve um crime, o corpo da brasileira ficou retido na Argentina. As autoridades relutam em facilitar o processo prevendo que, futuramente, para obter informações, terão que pedir a exumação do cadáver ao Brasil, o que pode complicar o processo.

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Grávida de seis meses, Geovana e o marido argentino, Luis Leskovar, 45, foram encontrados mortos, na noite de sábado passado, no apartamento onde viviam desde o início do ano, em um bairro de classe média alta de Buenos Aires. O corpo da brasileira estava numa banheira cheia de água e sangue, o que não permitiu determinar como ela foi morta. O corpo do marido estava caído na sala, segurando um revólver na boca, segundo informações da família ao Consulado brasileiro. A polícia argentina suspeita de que Leskovar tenha assassinado Geovana e depois cometido suicídio.

Segundo informações da família do pastor Sílvio Almeida, que acionou a polícia, Geovana era professora em Taubaté (SP), e viveu com Leskovar no Brasil antes de se casarem em Buenos Aires, em janeiro passado. Almeida contou à Agência Estado que Leskovar, um consultor de empresas, "tinha uma personalidade muito depressiva e chegou a ser internado no Brasil por causa disso".

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A relação do casal, segundo ele, "tinha problemas, e a família (em Taubaté) estava sempre preocupada com a filha". Almeida teria chamado a polícia depois de receber um telefonema da família de Geovana, de São Paulo. Os parentes da professora esperavam que ela voltasse ao Brasil no sábado. Como ela não apareceu, seus parentes teriam acionado Almeida. O pastor também contou que, ao entrar no apartamento, viu marcas de sangue no quarto do casal, o que supõe que Geovana tenha sido "espancada pelo marido", segundo ele, antes de morrer. O último contato dela com sua família teria sido feito na quinta-feira à noite.