Ajuste fiscal implementado por Milei fez contas públicas da Argentina acumularem seis meses consecutivos de saldo positivo pela primeira vez em 16 anos| Foto: EFE/Matías Martín Campaya
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A Argentina registrou ao final de junho pela primeira vez desde 2008 um semestre com superávit financeiro, e também conseguiu saldo fiscal primário positivo, devido ao plano de ajuste implementado pelo governo do presidente Javier Milei.

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Fontes oficiais informaram nesta terça-feira (16) que a Argentina registrou um superávit fiscal primário de 488,569 bilhões de pesos (US$ 529 milhões) em junho. No mesmo mês, no ano passado, o país teve resultado negativo de 611,742 bilhões de pesos.

Já o resultado financeiro (incluindo os pagamentos do serviço da dívida) foi positivo em junho em 238,189 bilhões de pesos, contrastando com um déficit no mesmo mês do ano passado de 708,603 bilhões de pesos.

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No primeiro semestre deste ano, a Argentina conseguiu acumular um superávit primário de 6,9 trilhões de pesos, e no mesmo período de 2023 houve déficit de 1,8 trilhão de pesos.

O superávit financeiro acumulado no primeiro semestre do ano, por sua vez, foi de 2,57 trilhões de pesos, enquanto no primeiro semestre de 2023 foi registrado saldo negativo de 3,1 trilhões de pesos.

A mudança de tendência observada no primeiro semestre deste ano deve-se ao plano de ajuste fiscal implementado por Milei após sua chegada ao governo em dezembro do ano passado.

“É a primeira vez desde 2008 que seis meses consecutivos de superávit financeiro foram alcançados”, disse o governo argentino.

De acordo com dados oficiais, no primeiro semestre do ano o setor público nacional acumulou um superávit primário equivalente a 1,1% do PIB e um superávit financeiro de 0,4% do PIB.

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De acordo com o relatório, no primeiro semestre do ano, as despesas primárias acumularam uma redução de 32% em termos reais.

As maiores quedas reais ocorreram nas despesas de capital (-82% em relação ao ano anterior), nas transferências correntes discricionárias para as províncias (-75%) e em outras despesas correntes (-43%).

Os subsídios econômicos - que incluem os subsídios à energia - caíram 43% em termos reais em relação ao ano anterior.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]