O projeto de reforma é um dos maiores desafios do mandato de Milei, até o momento| Foto: EFE/EPA/GIAN EHRENZELLER
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A Argentina vive a partir desta segunda-feira (22) o início de uma semana decisiva para a aprovação da Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecida como "Lei Omnibus" (do latim “para todos”), projeto de destaque do governo de Javier Milei.

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Durante seis sessões ao longo de duas semanas no plenário das comissões de Legislação Geral, Orçamento e Finanças, e Assuntos Constitucionais da Câmara dos Deputados, participaram membros do governo, deputados de diferentes blocos, representantes de sindicatos, empregadores, organizações de direitos humanos e artistas.

De acordo com um comunicado do Gabinete do Presidente da Nação divulgado nesta segunda, Milei se reuniu com o deputado José Luis Espert, ex-membro da A Liberdade Avança (coalizão à qual o presidente pertence) e atualmente membro da coalizão Juntos pela Mudança (centro-direita), que preside a Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara.

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Ambos agendaram o trabalho com vistas ao que descreveram como uma "semana-chave" para a "Lei Omnibus", que, de acordo com a fonte, deverá em breve ter o visto da comissão e depois ser parcialmente vetada na Câmara dos Deputados.

Embora o governo de Milei tenha dito que "a lei não é negociável", mas que admitiria alguns aspectos para melhorá-la, para o projeto avançar no Congresso deverá ter uma maioria simples que, após as eleições realizadas em outubro de 2022, seu grupo não tem.

Por esse motivo, a formação se viu forçada a conversar com outros partidos, principalmente com o Proposta Republicana (Pro), parte da coalizão Juntos pela Mudança e liderado pela atual ministra da Segurança e ex-candidata à presidência Patricia Bullrich, a fim de tentar chegar a acordos e introduzir possíveis alterações no texto original.

Com o projeto de lei de 664 artigos, o governo quer assumir certos poderes legislativos e reformar grande parte dos aspectos econômicos, sociais e políticos da Argentina, com base na emergência pela qual o país está passando.

Até o momento, o governo demonstrou sua disposição de reduzir a duração da emergência pública declarada pela lei (de 4 para 2 anos), de revisar a proibição de reuniões de três ou mais pessoas, a reforma eleitoral que eliminaria as eleições PASO (primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias) e a introdução de um sistema de vouchers no sistema educacional.

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O governo tem o apoio de apenas 38 deputados e precisa de ao menos mais 91 para atingir o quórum necessário para que o pacote de medidas comece a ser tratado no Congresso.

Como pano de fundo, está a greve geral convocada contra a "Lei Omnibus" pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal confederação sindical do país, à qual se juntaram partidos políticos e organizações sociais de vários setores, incluindo uma grande mobilização em frente ao prédio do Congresso. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]