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A menos de uma semana das eleições presidenciais na Argentina, a população enfrenta uma nova alta no preço dos alimentos no país, que aumentaram de 25% a 30%, em alguns setores.
Segundo o jornal argentino Clarín, a semana passada foi marcada pela falta de produtos nas prateleiras dos estabelecimentos e, durante 72 horas, alguns locais ficaram sem preços expostos. "Agora, recebemos listas com aumentos entre 25 e 30% em frios, cervejas, chocolates, queijos, refrigerantes e pães lácteos”, disse a funcionária de um comércio de Buenos Aires.
Segunda a mulher, que não quis ser identificada, algumas mercadorias dobraram de preço neste mês. “O açúcar passou de 620 pesos argentinos (cerca de R$ 8,90) para 1.200 pesos (R$17,25), e as lentilhas, de 400 pesos (R$ 5,75) para mais de 1.000 pesos (R$ 14)”, disse.
O proprietário de outro estabelecimento afirmou que nos últimos dias tem recebido aumentos generalizados entre 10% e 15% "em quase todos os produtos de sua loja: tabaco, refrigerantes, cigarros e resmas de papel".
Além dos consumidores, os donos de estabelecimentos relatam que também sofrem as consequências da escassez de muitos produtos de consumo básico, fruto do programa Preço Justo, criado pelo governo de Alberto Fernández para conter a inflação. A medida impede o aumento de preço superior a 5% ao mês, o que leva muitos comerciantes a retirarem mercadorias das prateleiras para não saírem no prejuízo.
De acordo com o Clarín, alguns dos produtos que mais faltam nos mercados são refrigerantes, cervejas, leites, iogurtes, café e chás.
Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) apontam que o índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina chegou a 138,3% em 12 meses na medição feita em setembro. Em nove meses, a inflação acumulada chegou a 103,2%.
Eleições presidenciais
No próximo dia 22, os eleitores argentinos participam das eleições presidenciais para definir a nova chefia da Casa Rosada.
Os principais nomes que disputam o cargo são o atual ministro da Economia, Sergio Massa, apoiado pelo governo de Alberto Fernández; o libertário Javier Milei, vencedor das primárias de agosto e líder nas principais pesquisas de opinião no país; e a ex-ministra da Segurança durante o governo de Mauricio Macri, Patricia Bullrich.