Apoiadores do governo interino realizam manifestação em Tegucigalpa| Foto: Jose Cabezas/AFP

Manágua - O mediador do diálogo entre o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o governo interino comandado por Roberto Micheletti, Oscar Arias, apresentou ontem sua proposta final para a resolução do conflito hondurenho, com poucas diferenças em relação ao acordo que propusera no sábado e o atual governo se recusa a assinar.

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A nova proposta de Arias insiste no retorno de Zelaya ao poder, que o governo interino já disse não aceitar em hipótese alguma, para conduzir um governo de "reconciliação nacional’’ até 27 de janeiro, data prevista para a posse do próximo presidente. Arias propôs também que as eleições marcadas para novembro sejam antecipadas para outubro.

Antes da nova proposta de Zelaya, o presidente deposto anunciara que mantém a sua in­­tenção de voltar hoje para Honduras, por terra, através da fronteira com a Nicarágua. "A hipótese de uma volta ao poder do se­­nhor Zelaya está descartada, em aplicação do direito interno hondurenho’’, reiterou hoje, em Te­­gucigalpa, o chanceler do governo interino, Carlos López.

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À tarde, comitivas de ambos os lados voltaram a se reunir na casa de Arias, na capital costa-riquenha. Até a noite de ontem, o encontro não havia terminado – a dúvida era se seria anunciado a "carta’’ ou o "acordo’’ de San José.

Com a mediação de Arias, representantes de Micheletti e de Zelaya se reuniram em duas rodadas, nos dias 9 e 10 deste mês e novamente no último fim de semana. Diante do fracasso, o presidente costa-riquenho, Prêmio Nobel da Paz em 1987, pediu aos dois lados no domingo mais 72 horas para tentar chegar a um acordo.