Caracas A Venezuela decidiu repor seus equipamentos militares obsoletos com material russo porque os Estados Unidos se negaram a vendê-los, afirmou ontem o vice-presidente do governo venezuelano, José Vicente Rangel. Ele fez essa afirmação após participar de um ato político no centro da capital venezuelana.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, formalizou em Moscou a compra de 30 caças-bombardeiros pesados Sukhoi-30 (Su-30), de 30 helicópteros e da licença para fabricar na Venezuela o fuzil Kalashnikov 103. Na Bielo-Rússia, na véspera, selou união contra o "imperialismo norte-americano".
Rangel afirmou que, apesar disso, a Venezuela é um dos países latino-americanos que menos gasta em armamento. "Estamos no oitavo lugar da região em compras militares e não estamos nos rearmando, e sim substituindo equipamentos obsoletos", assegurou.
Os Su-30 substituirão os F-16 norte-americanos na Força Aérea Venzuelana, já que pela falta de componentes apenas dez dos 22 ainda poderão operar.
Quanto aos fuzis Kalashnikov, Rangel disse que substituirão os FALs belgas, que têm mais de 50 anos de uso. Rangel disse que o "armamentismo" denunciado pelos EUA não tem fundamento porque, "por exemplo, estão vendendo ao Chile mais de 20 caças-bombardeiros F-16, e vendem submarinos a outros países da região".
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