Escavações de arqueólogos desenterraram um acervo de moedas de ouro de mais de 1.300 anos sob um estacionamento de carros nas proximidades do antigo muro de Jerusalém, informou nesta segunda-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel.
Arqueólogos disseram que a descoberta das 264 moedas, nas ruínas de uma edificação erguida aproximadamente no século 7 d.C, no fim do período bizantino, é um dos maiores acervos de moedas encontrado em Jerusalém.
"Já encontramos cerâmica, já encontramos vidro, mas nunca algo como isto", disse a arqueóloga britânica Nadine Ross, que achou o tesouro sob uma enorme rocha, no domingo, na quarta e última semana de uma viagem a Israel.
"É muito, muito emocionante", disse ela, mostrando as mãos repletas de moedas amarelas brilhantes, que parecem novas.
As moedas são do reinado do imperador bizantino Heraclius, que governou de 610 a 641. Elas trazem de um lado a imagem do imperador usando vestimenta militar e segurando uma cruz em sua mão direita. No outro lado da moeda está uma cruz.
Os arqueólogos disseram que elas foram cunhadas no início do reinado de Heraclius, antes de os persas conquistarem a Jerusalém bizantina, em 614.
"Este é um dos maiores e mais impressionantes acervos de moedas descobertos em Jerusalém - certamente o maior e mais importante desse período", disse um comunicado dos diretores das escavações, Doron Ben-Ami e Yana Tchekhanovets.
"Já que nenhum vaso de cerâmica foi encontrado nas proximidades, nós podemos concluir que o acervo foi ocultado em um esconderijo, em um nicho numa das paredes do edifício", disseram eles.
Até agora, o único acervo de moedas de ouro do período bizantino que havia sido descoberto em Jerusalém consistia de cinco moedas, acrescentaram eles.