Milhares de cartas, fotografias e documentos relativos ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela foram colocados online nesta terça-feira, em um projeto que visa a aumentar o acesso aos arquivos que detalham sua longa caminhada para a liberdade.

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Entre os itens, incluindo cartas que Mandela escreveu para sua família que foram contrabandeadas para fora da prisão, o seu cartão de membro da Igreja Metodista de cerca de 80 anos atrás e diários escritos à mão foram digitalizados e dispostos em um site (archive.nelsonmandela.org) projetado para parecer uma exibição de museu.

"Uma coisa que isso faz imediatamente é tornar um legado muito procurado disponível para o mundo", disse Achmat Dangor, executivo-chefe da Fundação Nelson Mandela.

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O projeto, com um custo inicial de 3 milhões de dólares, foi elaborado pelo Centro de Memória Nelson Mandela e pelo Instituto Cultural Google.

É o primeiro projeto deste tipo do Google, que assegurou que o material está aberto a todos e os detentores de direitos autorais originais mantêm seus direitos. O Google está planejando usar esse projeto como um trampolim para trazer mais conteúdo online de outras figuras históricas do século 20.

O Google tem sido criticado por tentar usar o seu poder tecnológico para bloquear material de concorrentes.

"Você pode interagir com o conteúdo. Você pode pesquisar o conteúdo. Embora tenhamos imitado a experiência do museu, estamos agora em um lugar onde pensamos ter aumentado a experiência", disse Mark Yoshitake, que lidera o gerenciamento de projetos para o Instituto Cultural Google.

Seções como "Anos Presidenciais" incluem fotos com links para vídeos, textos, notas pessoais e depoimentos disponibilizados para uso em computadores pessoais e tablets.

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Ndileka Mandela, a neta do ex-presidente, disse que ele sempre foi um homem progressista e está radiante pelo arquivo online.

"Embora desejássemos considerá-lo apenas nosso avô, ele é uma figura pública. A publicação das cartas que ele escreveu para vários membros da família não é realmente um problema, porque mostra às pessoas que ele é um ser humano", disse.

Mandela, 93 anos, foi submetido a um exame abdominal no mês passado que mostrou que não havia nada errado com o homem agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por ajudar a derrubar o regime do Apartheid na África do Sul.

"Para um homem da sua idade, ele está indo bem. Ele não perdeu seu senso de humor", afirmou Ndileka Mandela.