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María Corina Machado

Em artigo para jornal dos EUA, líder da oposição da Venezuela diz temer pela sua vida

Os líderes da oposição venezuelana, Edmundo González e María Corina Machado (Foto: EFE/Henry Chirinos)

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Em artigo publicado na tarde desta quinta-feira (1º) pelo site do The Wall Street Journal, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que está se escondendo e teme pela sua vida.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo chavismo, proclamou o ditador Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial de domingo (28), mas a oposição apontou que seu candidato, Edmundo González, venceu o pleito e que as atas de votação, cuja maior parte o bloco contrário ao chavismo disponibilizou online, comprovam isso.

Protestos contra o resultado oficial têm sido violentamente reprimidos pela ditadura bolivariana. Maduro culpou Machado e González pela violência e disse que eles deveriam “estar atrás das grades”. A Costa Rica ofereceu asilo político a ambos.

“Escrevo este artigo escondida, temendo pela minha vida, pela minha liberdade e pela dos meus compatriotas da ditadura liderada por Nicolás Maduro”, escreveu Machado no WSJ. No texto, ela reiterou que González venceu a eleição.

“Eu sei que isso é verdade porque posso provar. Tenho as atas obtidas diretamente de mais de 80% dos colégios eleitorais do país. Sabíamos que o governo do senhor Maduro iria trapacear. Há anos que sabemos quais os truques que o regime utiliza e sabemos perfeitamente que o Conselho Nacional Eleitoral está totalmente sob o seu controle. Era impensável que o senhor Maduro reconhecesse a sua derrota”, escreveu Machado.

“Enquanto isso, dezenas de meus colegas foram presos e seis dos meus principais colaboradores, incluindo meu gerente de campanha, solicitaram asilo na embaixada argentina”, enfatizou.

“A maior parte da nossa equipe está atualmente escondida e os que estão na embaixada argentina temem um ataque iminente. Poderiam me prender enquanto escrevo estas palavras”, disse Machado.

A líder oposicionista afirmou no artigo que a comunidade internacional deve agora “decidir se tolera um governo manifestamente ilegítimo”.

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