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Comportamento

As marcas da Geração X

 | Robson Vilalba/ Ilustração
(Foto: Robson Vilalba/ Ilustração)

A chamada Geração X, formada pelas pessoas nascidas entre 1961 e 1981, foi rotulada com adjetivos como "inseguros", "medíocres" e "angustiados", algo que, segundo um estudo publicado nesta semana, nada tem a ver com as vidas "ativas" e "felizes" da maioria desses adultos.

"São pessoas ativas em suas comunidades, estão em geral sa­­tisfeitas com seus empregos e são capazes de equilibrar trabalho, família e tempo livre", explica o autor de The Generation X Report (Relatório Geração X), Jon Miller, diretor de um estudo sobre a ju­­ventude americana do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan.

Financiado pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o estudo analisa as respostas de 4 mil integrantes pertencentes à Geração X, que foram en­trevistados para falar sobre seus hábitos e costumes.

Toda esta geração foi marcada com esse X como símbolo do de­­sencanto depois da geração co­­nhecida como "baby boom", que nasceu no período logo após a Segunda Guerra Mundial, sobretudo nos Estados Unidos e Reino Unido. "Nas próximas duas ou três décadas, os membros da Ge­­ração X estarão à frente da nação. Por isso é importante entender seus valores, sua história, os desafios do presente e suas metas para o futuro", indica Miller.

Este estudo é o primeiro de uma série trimestral de relatórios que, nesta ocasião, enfoca aspectos como emprego e educação; casamento e família; participação na comunidade e a religião; relações sociais e tempo livre, assim como vida digital, felicidade e satisfação vital.

A pesquisa constata que os representantes da Geração X costumam ter emprego, 71% têm fi­­lhos menores de idade em casa, 30% são membros ativos de uma organização profissional, de ne­­gócios ou sindical, e um em cada três faz parte de uma igreja ou or­­ganização religiosa.

Além disso, não são tão pouco sociáveis como se pensava, apesar do dinamismo das redes sociais entre as novas gerações. Segundo o estudo, 95% falam por telefone pelo menos uma vez por semana com amigos ou parentes.

No aspecto cultural, 45% dos entrevistados afirmam ter assistido a uma peça de teatro, concerto, ópera ou balé no último ano, en­­quanto 13% dizem que assistiram a três ou mais eventos culturais.

Mas, além disso, também são leitores, aponta Miller. A pesquisa observa que 72% leem um jornal – impresso ou na internet – pelo menos uma vez por semana, e 80% compraram e leram pelo menos um livro no último ano. Quase metade dos entrevistados disse que tinha lido seis ou mais livros no último ano.

Quanto à felicidade, a maioria garante estar satisfeita com a vida. Em uma escala de 1 a 10, na qual 10 equivale a "muito feliz", a avaliação média foi de 7,5.

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